Espanha aprova polêmica reforma educativa que deseja deter o fracasso escolar

mundo

Madri – O governo espanhol aprovou hoje (17) uma reforma do modelo educativo que pretende melhorar o nível nesse âmbito e acabar com o fracasso escolar, embora a nova norma seja polêmica e conte com a rejeição de parte dos docentes e dos alunos.

O ministro da Educação e Cultura, José Ignacio Wert, apresentou imprensa essa legislação que tem como objetivo melhorar a qualidade da educação e favorecer o acesso ao emprego dos jovens.

A reforma chega em um momento no qual a taxa de abandono escolar na educação secundária na Espanha é de 25% – o dobro da média da União Europeia –, um alto nível de repetentes e um desemprego que atualmente chega a 57% entre os jovens de até 25 anos. Além disso, há 23,7% de jovens entre 15 e 29 anos que nem estudam nem trabalham.

Entre os elementos da nova lei estão a modernização da formação profissional, a flexibilização das trajetórias com mais opções para os estudantes, a incorporação de avaliações externas e uma maior autonomia para os centros, transparência nos resultados e prestação de contas.

Trata-se da sétima lei sobre educação não universitária com que a Espanha conta em três décadas, embora o Ministério calcule que a reforma seria implementada a partir de 2014-2015.

O governo defende que para elaborar a lei, que agora passará para o Parlamento, levou em conta as regiões (que têm competências em matéria educativa) associações de pais, diretores dos centros, sindicatos de docentes e estudantes.

No entanto, algumas destas entidades se manifestaram contra a reforma nas semanas precedentes, por entender que se trata de uma norma que favorece o setor privado e a mercantilização da educação.

O próprio Wert disse hoje que a reforma era “inadiável” e advertiu que os 500 mil alunos repetentes de curso da educação obrigatória (dos 6 aos 16 anos) representam custo de 2,5 bilhões de euros.

Leia também

Últimas notícias