crise

Desemprego na Grécia bate novo recorde e chega a 26,7%

Jovens de 15 a 24 anos são os principais afetados pela falta de trabalho no país, imerso em uma crise sem precedentes

efe

Manifestações em rechaço às políticas de austeridade impostas pela troika são frequentes na Grécia

São Paulo – A cada mês, a Grécia bate novamente um recorde. E não se trata de alguma marca heróica, mas da mensal constatação da profunda crise econômica pela qual o país passa. De acordo com a agência de estatísticas da Grécia (Elstat), a taxa de desemprego subiu para 27,6% em maio – em abril foi de 27%. No mesmo período do ano passado, o índice tinha sido de 23,8%.

Segundo os dados da Elstat, divulgados hoje (8) o desemprego entre as pessoas com idades entre 15 e 24 anos aumentou acentuadamente para 64,9% em maio, de 57,5% abril. Dos 25 aos 34, 37,7%, enquanto que dos 35 aos 44 anos a taxa é de 24,7%. O dado de maio é o maior desde que o Elstat começou a publicar dados mensais de desemprego, em 2006.

Em comparação com os outros países da União Europeia, a Grécia continua a apresentar a taxa mais alta. Logo atrás vêm Espanha e a Portugal, onde os últimos dados mostraram uma diminuição do desemprego, apesar de o índice permanecer alto. A taxa espanhola caiu para 26,3% em junho, de 26,4% em maio, e a portuguesa caiu pela primeira vez em dois anos no segundo trimestre, para 16,4%.

Há seis anos em crise, o destino da economia da Grécia é atualmente controlado pela troika (FMI, UE e BCE), que impôs pacotes de austeridade como condição para o repasse de bilionários empréstimos. Dentre as principais medidas impopulares exigidas estiveram a demissão de milhares de funcionários públicos e a alteração da idade para aposentadoria. Para diversos especialistas, o plano do FMI para o país foi “desastroso”. O próprio órgão financeiro admitiu no primeiro semestre deste ano que errou no plano de austeridade.

Leia também

Últimas notícias