Conselho de Direitos Humanos da ONU recomenda suspensão da Líbia

Brasília – O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou nesta sexta-feira (25) resolução que recomenda a suspensão da Líbia do órgão e a imediata investigação independente sobre as […]

Brasília – O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou nesta sexta-feira (25) resolução que recomenda a suspensão da Líbia do órgão e a imediata investigação independente sobre as denúncias de crimes contra a humanidade cometidos pelo regime líbio de Muammar Khadafi. A suspensão da Líbia foi decidida durante a 15ª sessão extraordinária do conselho, em Genebra, na Suíça.

Durante a sessão, os diplomatas que representam a Líbia no Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas anunciaram suas renúncias aos cargos. Houve ainda um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos confrontos entre manifestantes e forças policiais no país, nos últimos dias. As informações são de diplomatas brasileiros que acompanham a sessão e da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa.

Na reunião, vários diplomatas reagiram com críticas severas à violência e às denúncias de crime contra a humanidade na Líbia. A comunidade internacional condena a forma como o governo líbio reage às manifestações de protesto no país. A reunião foi convocada a pedido do representante da Hungria em nome da União Europeia, mas também obteve apoio do Brasil e outros integrantes do órgão.

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, afirmou que é necessário cobrar responsabilidades das autoridades líbias sobre os atos de violência. Há relatos sobre a ocorrência de bombardeios em Trípoli, a capital da Líbia, e Benghazi. Segundo organizações não governamentais, o número de mortos pode ser superior a 700.

Desde o último dia 15, o governo de Khadafi é alvo de protestos diários. A maioria dos estrangeiros estavam no país decidiu deixar a região. Um grupo de brasileiros saiu de Benghazi hoje de barco. Há dificuldades para o acesso a voos e embarcações. Os passaportes são retidos pelas autoridades líbias.

Fonte: Agência Brasil