Regime sionista

Ataque de Israel na Síria mata líder iraniano e pode acirrar conflito no Oriente Médio

Governo iraniano promete resposta a Israel pela morte de do conselheiro sênior da Guarda Revolucionária do Irã (GRI), Sayyed Razi Mousavi

Tasnim
Tasnim
Sayyed Razi Mousavi era responsável pela coordenação da aliança militar entre a Síria e o Irã

São Paulo – Um ataque aéreo perpetrado por Israel nesta segunda-feira (25), próximo à capital síria Damasco, resultou na morte do conselheiro sênior da Guarda Revolucionária do Irã (GRI), Sayyed Razi Mousavi, que era responsável pela coordenação da aliança militar entre a Síria e o Irã.

O ataque ocorreu no subúrbio do distrito de Zeinabiyah, como parte de uma ofensiva israelense contra alvos do Irã na Síria, onde a influência de Teerã tem se fortalecido desde que o Irã passou a apoiar o governo do presidente sírio Bashar al-Assad na guerra que eclodiu na Síria em 2011.

Israel realiza bombardeios contra a Síria desde 2011, mas após os ataques do Hamas no dia 7 de outubro as ações foram intensificadas, o que levou ao temor da comunidade internacional de um possível acirramento do conflito, que só em Gaza provocou a morte de mais de 20 mil palestinos, 70% deles mulheres e crianças.

O governo iraniano prometeu resposta a Israel pela morte de Mousavi, segundo noticiou a agência de notícias iraniana IRNA. Segundo a agência, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, prestou condolências à família de Mousavi e aos seus companheiros na GRI.

Ele classificou o conselheiro sênior como mártir e disse que ele agora está na companhia do tenente-general Qassem Soleimani, morto em 2020, em um ataque dos EUA próximo ao Aeroporto Internacional de Bagdá.

Segundo a agência, Raisi disse que o martírio de Mousavi “é mais um sinal da frustração e da fraqueza do regime sionista de ocupação na região”, e sublinhou que Israel pagará pelo crime.

Também nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, concedeu uma coletiva de imprensa, na qual abordou o ataque realizado por Israel na noite do dia 24, véspera de Natal, contra o campo de refugiados al-Maghazi, localizado na Faixa Gaza, que deixou pelo menos 70 mortos.

Segundo reportou a IRNA, Kanaani disse que o ataque israelense durante a celebração de Natal expôs as “atrocidades do regime sionista e a falta de orientação moral de Israel”.

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“Fotos horríveis dos seus crimes foram publicadas naquela noite, mostrando que mais de 70 palestinos foram mortos no bárbaro bombardeio contra o campo de al-Maghazi. Esse crime mostrou, mais uma vez, que o regime sionista não adere a nenhum dos princípios divinos, religiosos e internacionais”, acrescentou o ministro.

Kanaani afirmou ainda que a resolução aprovada recentemente pelo Conselho de Segurança da ONU sobre a situação em Gaza “mostrou mais uma vez o pleno papel de apoio dos Estados Unidos ao regime sionista”. Segundo o ministro, a resolução é nula e impossível de ser executada.


Com informações da agência Sputnik Brasil


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