Apesar de avanço rebelde em direção a Trípoli, Khadafi promete ficar ‘até o fim’

São Paulo – Muammar Khadafi, líder líbio, promete permanecer na capital do país, Trípoli, “até o fim”. A declaração deste domingo (21), em pronunciamento à rádio estatal, foi feita apesar […]

São Paulo – Muammar Khadafi, líder líbio, promete permanecer na capital do país, Trípoli, “até o fim”. A declaração deste domingo (21), em pronunciamento à rádio estatal, foi feita apesar da aproximação de forças rebeldes. Os relatos indicam recrudescimento desde sábado (20) de confrontos entre partidários de Khadafi e forças rebeldes apoiadas por países europeus e pelos Estados Unidos.

A capital é considerada o último reduto importante de Khadafi no país. O avanço dos insurgentes é promovido por diversas frentes. Os grupos rebeldes, vindos da cidade de Misrata, já teriam assumido o controle de um quartel às portas da capital. Caças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) intensificaram os bombardeiros ao quartel-general de Khadafi e ao aeroporto de Maitika, em Trípoli, segundo a rede de televisão Al Jazeera e a rede multiestatal TeleSur.

O relato do correspondente da TeleSur indica que o avanço dos rebeldes teria sido coordenado com a ofensiva da Otan. O líder líbio está instalado no local fortificado desde o início dos conflitos armados no país. De acordo com a rede britânica BBC, os rebeldes encontraram forte resistência de tropas leais a Khadafi, especialmente na cidade de Maya, a 30 quilômetros a oeste da capital.

O porta-voz do governo líbio, Musa Ibrahim, pediu neste domingo um cessar-fogo entre as partes. A demanda de negociação direcionada aos rebeldes foi precedida do alerta de que há “milhares e milhares de soldados preparados para defender Tripoli”.

Em uma entrevista coletiva divulgada pelo canal de televisão Al Jazeera, o porta-voz disse ainda que os líderes norte-americano, Barack Obama, britânico, David Cameron, e francês, Nicolas Sarkozy, são os “responsáveis morais por qualquer morte desnecessária”.

Sarkozy e e a chanceler alemã, Angela Merkel, fizeram apelos para que Khadafi deixe o país ou se renda para evitar um confronto sangrento em Trípoli.

Com informações do OperaMundi