Xadrez em Barretos: um esporte completo

Mas os aficionados já pensaram em abandoná-lo

Professor Darley Silva observa uma partida de xadrez na escola Fabio Junqueira Franco (Foto: Aquino José)

“O xadrez é um esporte completo. Ele abrange vários campos da inteligência, como a lógica, a matemática e a sinestesia – associação (de natureza psicológica) de sensações de caráter distinto, como a de um som com uma cor, de um sabor com uma textura, etc. Costumo dizer a meus alunos que é um jogo para quem não tem preguiça de pensar.” A afirmação é do professor e enxadrista Darley Silva, 46 anos, “apaixonado” pelo esporte há 30 anos. Ele dá aulas da modalidade no Programa Escola da Família, desenvolvido aos domingos na Escola Fábio Junqueira Franco, no bairro Cristiano Carvalho, e participa de competições regionais, mas reclama da falta de apoio – na cidade há dez praticantes ativos, que não têm patrocínio. Ele confessa uma certa desilusão com a forma como o enxadrismo é tratado no município. “Quando há um torneio importante na região, o grupo se reúne e vai de carro, dividindo as despesas” – conta.

Eduardo Atique, 17 anos, joga na equipe masculina de basquete da cidade e também dá aulas de xadrez para crianças e adolescentes, no Centro de Referência da Assistência Social do bairro Barretos II. São 25 alunos inscritos no projeto. Ele prepara a equipe barretense para participar dos “Joguinhos” e da 2ª fase dos 55º Jogos Regionais do Interior, que serão disputados em Taquaritinga, de 19 a 30 de julho.