A volta triunfal da maior festa popular brasileira
Dois anos se passaram desde o último desfile de blocos e escolas de samba em Limeira
Publicado 10/04/2011 - 10h59
Em 2009, sem nenhuma explicação da Prefeitura, de repente o carnaval de rua de Limeira terminou. A folia se foi. Acabou-se a cultura da festa de rua. A população perdeu o espaço de brincadeiras, de novas amizades, de novas histórias. Mas 2011 mostrou que a cidade recomeça uma nova fase, que a população curte a ideia. Novos blocos e escolas de samba se formaram e planejam agora ações para o ano todo, com o intuito de melhorar o carnaval.
Saíram às ruas este ano os blocos Miss e Mister Limeira, Corporação Arthur Giambelli, Mascarones, Bonecos de Olinda, Populares, Frevo, Diversidade, Ás de Ouro, Anime, Amigos do Dito e as Escolas de Samba Fúria Abilião, Fundo Social de Solidariedade e Lobo de Prata. O carnaval 2011 mostrou que a sociedade organizada, com poucos recursos mas muita criatividade e humor, faz uma festa animada e colorida.
Uma zorra total
O bloco da Diversidade, organizado pela ONG Centro de Apoio à Diversidade (CAD), com o tema Fim de Vários Preconceitos, veio disposto a quebrar vários tabus. Com as cores do arco-íris, plumas e paetês, ele levantou a plateia com sua performance. Contou com 100 integrantes LGBT – lésbicas, gays, bissexuais e transexuais – e heterossexuais, que provocaram discussão sobre os preconceitos contra negros, índios, deficientes físicos, além da terceira idade, que também sofre pela falta de respeito e cuidados. A escola de samba do Fundo Social de Solidariedade, também trouxe animação e cores, com passistas, baianas, porta bandeira e a bateria mista, na qual idosos tocavam o tamborim.