A previsão inicial para a entrega da Creche de Ana Dias, em Itariri (SP), era em fevereiro de 2009. Mas ela ainda não foi entregue. A obra passou pela gestão de três governos. Ela foi iniciada no último ano da administração de Daniel Silva. No governo seguinte, as obras ficaram paradas por quase um ano, pois a construtora que cuidava do projeto largou mão dele. O então prefeito, Dinamerico Peroni, demorou para solucionar o problema. E só em 28 de dezembro de 2012, nos últimos dias de governo, inaugurou a creche antes mesmo que estivesse acabada. Este ano, a prefeita Rejane Silva pegou a obra em estágio final, com alguns problemas que devem ser solucionados.

Segundo Jesuíno dos Santos, atual empreiteiro, o maior impasse foi por causa da dificuldade em encontrar materiais adequados. Ele explica que todo projeto feito em parceria com o governo federal possui uma lista com referências de materiais que devem ser utilizados. Porém, como a Gestel Construtora pegou a obra em andamento – a creche possuía um projeto feito há oito anos –, alguns itens da lista saíram de linha, o que provocou atraso. “Houve coisas que busquei em Sorocaba, outras no Rio de Janeiro. Além disso, a falta de mão de obra qualificada dificultou mais as coisas”, afirma Jesuíno.

Atualmente, a construção está na fase de acabamento. Faltam detalhes nos banheiros e a instalação de algumas calhas. Jesuíno recorda que há dois anos, quando chegou, “estava tudo cru, não tinha piso, não tinha muro, não tinha quase nada, nem caixa d’água”. Hoje, as coisas estão diferentes. As salas estão pintadas e a creche está adaptada para receber as crianças. As pias e vasos sanitários são de tamanho menor e toda a estrutura está preparada para receber crianças com deficiência. Ao longo do corredor, há salas espaçosas, abarrotadas de caixas e embrulhos, com móveis, eletrodomésticos, mamadeiras e banheiras. Os materiais que vão mobiliar a creche chegaram em outubro do ano passado e estão parados desde então.

A creche está quase pronta. Só depende da parte elétrica para ser inaugurada. Segundo o engenheiro eletricista Nilberton Vilela, “para solucionar o impasse, basta uma melhoria na rede, com a expansão dos cabos de energia para o lado da construção. Para que isso seja feito, um novo projeto de padrão deve ser aprovado pela Prefeitura a fim de que, num prazo de 90 dias, a empresa responsável pela rede elétrica efetue o serviço”. A previsão é de que em julho a creche comece a funcionar.

Segundo Rejane Silva, a prefeitura tem contrato no qual foi dado o prazo de 30 dias para que a obra seja finalizada. Após esse período, a inauguração depende da Elektro solucionar o problema de energia. A prefeita também disse que crianças de outras creches que estejam superlotadas serão transferidas para a unidade Ana Dias e que novas vagas serão abertas, não havendo necessidade de lista de espera no município.