O som de Fredy Fevereiro está de volta a Jundiaí-SP

O samba e a bossa-nova enfeitiçam a velha paixão do artista pela música popular brasileira

Fredy, um som brasileiro criado em Montreux, na Suíça (Foto: Arquivo Pessoal)

O músico Fredimir Clóvis da Silva, o Fredy Fevereiro, se destaca pelas apresentações em espaços culturais na região de Jundiaí. Sua interpretação, de estilo próprio, imprime alegria e ritmo às melodias e harmonias de seu repertório de samba e bossa-nova.

Morador do bairro do Traviú, Fredy Fevereiro conta que seu sonho sempre foi ser músico. Aos 11 anos, ele ganhou o primeiro violão do avô Antônio Ribeiro e iniciou os estudos de contrabaixo e canto. Em 1992, foi morar na cidade de Montreux, na Suíça, famosa pelos seus festivais de jazz, onde aprimorou os estudos de jazz no contrabaixo. Depois, despertou ainda mais a paixão pela música brasileira ao tocar com o saxofonista Rogério Botter Maio e o trombonista Raul de Souza. Até que, em 2000, ele gravou o CD Desde que o Samba é Samba, com músicos como Ademir Candido e Mauro Martins. No ano seguinte, regressou ao Brasil. 

De volta à Europa em 2005, Fredy participou dos festivais de verão de Paris, Montreux, Barcelona e do Festival de Santiago de Compostela, em 2006, no qual sua identificação popular com a música brasileira chamou atenção da TV da Galícia, que contratou Fredy para cantar o nosso ritmo. Ainda por lá, em 2008, participou do Festival dos Abrazos, acompanhado por Mazinho da Silva (guitarra), Sergio Tannus (guitarra e percusão) e Serginho Sales (piano). Tocou também no Projeto 50 Años de Bossa Nova, organizado pela Fundación Hispano-Brasileña. 

Atualmente, ele grava o CD Ari Barroso no Coração do Brasil, projeto iniciado na Espanha em homenagem a um dos maiores compositores de todos os tempos, envolvendo diversos músicos de Jundiaí, entre os quais Rodolfo de Neguinho, Petch Calazans e Cássio Soares. O disco já foi mixado, mas não foi concretizado por falta de patrocínio. 

Fredy diz que existem diversos músicos mais conhecidos na Europa do que no Brasil. E fala sobre a diferença cultural entre o público que assiste aos seus shows: “Na Europa, o público vai determinado a ouvir as canções. Já no Brasil, há uma grande diferença, pois o público, além de ouvir, vai para beber e conversar. Isso faz uma grande diferença para quem se apresenta, mas é parte da cultura de cada país”. 

Agora, Fredy está de volta a Jundiaí. Ele toca no Natura Bar, no Via Nelo, dia 16, às 19 h, e no Villa Pizza Bar, dia 18, às 20h30, na Rua São Francisco de Assis, 63 (altura do número 2200, da Avenida Nove de Julho), no Anhangabaú.