agenda interrompida

Dirigente da CUT estadual lamenta que o diálogo continuará fechado em SP

Presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos Lima, diz que a única possibilidade de avançar é conquistar a reeleição da presidenta Dilma

cut.org

Adi disse que a central vai continuar lutando, fazendo greve, para abrir negociação

São Paulo – O presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos Lima, declarou na manhã desta segunda-feira (6) à Rádio Brasil Atual que lamenta a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno das eleições realizado ontem. “Ao longo dos últimos 20 anos houve muita dificuldade de diálogo com o governo de São Paulo. A população não tem acompanhado de perto o significado de não ter um interlocutor do poder executivo no estado de São Paulo, principalmente para o funcionalismo público. Vamos continuar com uma agenda interrompida de diálogo com governo de São Paulo.”

Adi afirmou que a CUT imaginava que a classe trabalhadora pudesse perceber a necessidade do diálogo e que se pudesse abrir uma nova página em 2015 para debater as ideias, salário mínimo regional, funcionalismo publico, valorização, entre outros.

“Infelizmente, vamos continuar lutando, fazendo greve, para abrir negociação. O retrato do estado de São Paulo continua nebuloso, sem cor”, disse.

“O que significa a volta do PSDB para os trabalhadores não só em São Paulo, mas no Brasil? O número de postos de trabalho fechados, concentração de renda na década de 1990, a agenda mínima, no Estado mínimo que foi implementado pelo Consenso de Washington, em todos os países que tinham representantes do neoliberalismo. Nós não queremos a volta daqueles que querem que os trabalhadores paguem com seu salário, com seu emprego, a volta de um projeto que no mundo inteiro não deu certo. Por onde o projeto neoliberal passou deixou marcas profundas”, criticou.

Adi disse que a luta da central será por aprofundar as mudanças, buscar negociação da redução de jornada de trabalho e o fim do fator previdenciário, entre outras reivindicações. “Mas só teremos possibilidade de dar continuidade a essa luta se a Dilma for reeleita”, disse.