Outras vias

‘Trouxe as demandas da população contra a exploração. Fui acolhida’, diz Luciana Genro

‘Já somos vitoriosos porque pautamos temas que nenhum outro candidato pautou’, disse a candidata do Psol

Psol

Luciana acompanhará a apuração na sede do partido e, após o resultado, fará pronunciamento

São Paulo – A candidata à Presidência da República pelo Psol, Luciana Genro, afirmou  hoje (5) que durante a campanha lutou pelas demandas da sociedade contra a opressão, que vieram à tona em junho de 2013 e avalia que sai vitoriosa por ter pautado temas sociais que nenhum outro candidato abordou, como os direitos LGBT e os direitos das mulheres.

“O que se expressou em junho foi muito importante para mostrar essa vontade que o povo tem de receber serviço público de melhor qualidade e busquei, de forma muito contundente, trazer essas demandas contra opressões e explorações. Recebi uma acolhida muito positiva”, destacou a candidata à Rádio Gaúcha.

Luciana votou às 12h30 na Escola Estadual Apeles, no bairro Santana, em Porto Alegre, acompanhada do candidato do Psol ao governo do Rio Grande do Sul, Roberto Robaina, que é seu ex-marido. Durante a manhã, ela reuniu militantes e lideranças do partido para um café da manhã na sede da campanha, na região central da capital gaúcha.

“Acredito que nós já somos vitoriosos porque tivemos a oportunidade de pautar temas que nenhum outro candidato pautou: a luta pela tributação dos bancos, para que os milionários paguem mais impostos, pelos direitos LGBT, pelos direitos das mulheres e de todos aqueles que são oprimidos por um sistema político que está sendo repudiado pela maioria”, completou.

Já à tarde, Luciana seguirá para a sede da legenda, onde acompanhará a apuração. Ela e Robaina farão um pronunciamento oficial após a apuração dos votos.

Outros candidatos

O candidato à Presidência Eduardo Jorge (PV) votou pela manhã em um colégio na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Ele foi ao local da votação de bicicleta, com a família, trazendo o neto Tito, de 4 anos, na garupa. Jorge se disse surpreso com a recuperação de Aécio Neves (PSDB) nas pesquisas de intenção de voto e que já deu “a mão à palmatória” ao tucano pela recuperação.

O candidato do PV afirmou que, nesta eleição, a sigla irá apoiar um dos candidatos no segundo turno, ao contrário do que ocorreu em 2010, quando Marina Silva, a então candidata do Partido Verde, recebeu 20 milhões de votos e não apoiou nem a campanha da petista Dilma Rousseff nem do tucano José Serra. “É um compromisso nosso de não fazer o que ocorreu em 2010”, disse. “Esperamos ter uma votação expressiva para que possamos influenciar no segundo turno e aí vamos discutir com A e B.”

Ele considera importante alcançar uma votação de “5% ou 6%”, com poder de influenciar tanto partidos de “matriz capitalista quanto socialista, empurrando a sociedade nas questões de sustentabilidade”. Eduardo Jorge avalia que sua candidatura deixa como legado o interesse que despertou nos jovens pela política. “A adesão e o apoio da juventude. Realmente são fantásticos”.

O candidato do PRTB, Levy Fidelix, mudou a agenda hoje sem avisar a mídia. Inicialmente, ele teria informado que votaria entre às 14h e às 15h, mas, segundo informações de mesários, ele esteve no colégio em que vota, no Itaim Bibi, por volta das 8h30. Desde a semana passada, quando fez declarações polêmicas sobre relações homoafetivas ao vivo, no debate eleitoral da Rede Record, Levy tem sido alvo de protestos e foi instado a se explicar para a Procuradoria-Geral da República.

Apenas um segurança estava no comitê de campanha, localizado em Moema, também na zona sul. O local foi alvo de um protesto do Levante Popular da Juventude na sexta-feira (3) e de manifestantes do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) no sábado (4), com direito a um “beijaço gay”. Na ocasião, os manifestantes anunciaram um protesto no colégio eleitoral onde o candidato vota.

O pastor Everaldo Pereira, candidato à presidência pelo PSC, votou no fim da manhã, na Escola Municipal Grécia, na zona norte do Rio de Janeiro, acompanhado da neta Ana Carla, de 9 anos. Ele declarou voto no governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e no filho Filipe Pereira (PSC), que concorre a uma vaga na Câmara dos Deputados.

Ele não quis se posicionar em relação a um eventual apoio no segundo turno e disse que vai aguardar os resultados. “Só vou me pronunciar a respeito de qualquer coisa do segundo turno após a apuração da eleição”, afirmou.

Com informações dos portais G1 e Exame.