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Padilha aposta em militância e crescimento de Dilma para chegar a segundo turno

Candidato do PT ao governo de São Paulo fecha campanha com caminhada ao lado de Lula em São Bernardo e projeta disputa com Geraldo Alckmin depois de domingo

Paulo Pinto/Analítica

Lula e Padilha durante ato ontem, em São Paulo: série de eventos para tentar levar ex-ministro a segundo turno

São Paulo – O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, afirmou hoje (4) que aposta em chegar ao segundo turno com base em dois fatores. “O casamento do voto de Dilma-Padilha e a força da militância. Quem coloca esse povo todo para caminhar num sábado de manhã? Só nós. É essa militância forte que vai nos garantir no segundo turno”, afirmou, antes de caminhada no ABC paulista.

O ex-ministro da Saúde fecha a campanha com evento que começou em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, berço político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula, presente ao ato de encerramento, esteve várias vezes esta semana ao lado de Padilha, que contou também com três agendas ao lado da presidenta Dilma Rousseff.

Inicialmente a candidata à reeleição participaria da caminhada, mas acabou se decidindo por um ato em Belo Horizonte, sua terra natal. Padilha atenuou a decisão tomada pela presidenta ontem à noite e recordou o ato realizado na sexta-feira em companhia dela e de Lula. “Não posso querer exclusivade. Ela é do Brasil. Quero agradecer muito a presidenta pelos atos de campanha realizados. Que candidato a governador fez um ato do tamanho que nós fizemos ontem no centro de São Paulo?”

Dois dos três maiores colégios eleitorais do país são fundamentais para uma nova vitória no plano federal parao PT, que governa o país desde 2003. Segundo as pesquisas de intenção de voto, Dilma atualmente lidera na Minas Gerais governada por Aécio Neves (PSDB) e no Rio de Janeiro antes simpático a Marina Silva (PSB). Em São Paulo, onde chegou a aparecer bem atrás da ex-ministra do Meio Ambiente, a presidenta agora também ocupa o primeiro lugar, segundo as sondagens, o que é visto por Padilha como um fator que pode influenciar seu desempenho.

No plano estadual a disputa paulista é liderada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tem esperança de sair vencedor no primeiro turno, seguido pelo peemedebista Paulo Skaf, presidente licenciado da Fiesp, de acordo com os institutos de pesquisa. O candidato do PT, porém, tem apostado em um crescimento na reta final e na ideia de que a abertura das urnas revelará resultado diferente do apontado pelos levantamentos de intenção de voto. “Por onde passei vi gente reclamando da falta de vagas em hospitais estaduais, da falta de segurança pública, da falta de água. Quero ser governador para governar por aqueles que mais precisam em São Paulo.”