reorganização

Para a Apeoesp, falta disposição para o diálogo e sobra para o conflito

Presidenta do Sindicato dos professores lamentou estratégias de confronto elaboradas pela Secretaria de Educação, refutou intimidações e reafirmou apoio aos estudantes nas ocupações

reprodução/TVT

Reorganização escolar está se dando sem a devida discussão com pais, professores, alunos e funcionários

São Paulo – A presidenta da Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, a Bebel, lamentou mais uma vez a falta de disposição ao diálogo da parte governo Alckmin, em torno do plano de reorganização do educação estadual.

Quero lamentar que o chefe de gabinete (Leonardo Padula) tenha tempo, no domingo, para pensar estratégias de enfrentamento com o movimento, e não pensar estratégias de como resolver o conflito”, disse a presidenta, em entrevista ao repórter Jô Miyagui, na edição de ontem (30) do Seu Jornal, da TVT.

Bebel se refere à reunião realizada no último domingo (29) entre o número 2 da secretaria da Educação e cerca de 40 dirigentes para elaboração de “estratégias de guerra” para quebrar a resistência de alunos, professores e funcionários nas ocupações, que teve o áudio vazado no mesmo dia pelo coletivo Jornalistas Livres.

Sobre a acusação de que carros pertencentes à Apeoesp teriam sido fotografados pela Polícia nas imediações das escolas ocupadas, Bebel diz que a prática não é ilegal. “Entidades e pessoas podem visitar as ocupações. O próprio chefe de gabinete em questão esteve nas escolas de Sorocaba. Se ele pode, porque é que outro cidadão comum não pode?”

Quem foi que fez a confusão, a Apeoesp ou foi o governo, implementando de forma autoritária e sem nenhuma discussão, com todos os seguimentos – pais, professores, alunos e funcionários –, implementando essa dita reorganização, que é uma desorganização na vida das pessoas?”, questiona a presidenta da Apeoesp, que afirma que enquanto não houver disposição para o diálogo da parte do governo, os alunos seguirão nas escolas ocupadas, com o apoio do sindicato nas ruas.