Estudantes da USP protestam contra perseguições da reitoria

São Paulo – O Diretório Central dos Estudantes (DCE) e o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) organizam hoje (16) protesto em frente à reitoria a partir das 9h. De […]

São Paulo – O Diretório Central dos Estudantes (DCE) e o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) organizam hoje (16) protesto em frente à reitoria a partir das 9h. De lá os manifestantes seguem para Procuradoria Geral Disciplinar da Universidade, localizada na rua Alvarenga, próxima à entrada principal do campus Butantã onde os alunos arrolados pela instituição devem depor. 

Augusto Saraiva, estudante de Geografia preso na invasão da polícia militar ao Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (Crusp) afirmou que já recebeu a notificação da Reitoria e deve depor em junho. Segundo o estudante, o reitor João Grandino Rodas impõe a política do medo à Universidade.

“Você tem milhares de estudantes que entraram na Universidade nesse momento e que estão com receio de fazer qualquer ato (público) e serem processados. A gente vive uma ditadura na USP. A partir do momento que existem funcionários que estão sendo processados por fazerem greve não há garantia de mais nada”, disse à Rádio Brasil Atual. 

De acordo com Saraiva, a universidade não cumpre o que lhe é determinado pelos próprios parâmetros educacionais, que é investir 10% do seu orçamento em assistência social e no Crusp, que só diminuiu o número de vagas desde que foi oficializado pela reitoria. “A ocupação em que fui preso foi um ato dos estudantes que dá sequência à própria luta pela permanência estudantil. Foi um ato para retomar um espaço que foi tomado por um órgão democrático para servir como moradia para estudantes que precisavam daquele espaço para prosseguir com seus estudos”, afirmou. Foram presos na desocupação da reitoria 51 estudantes e 12 na desocupação do Crusp. 

Ouça aqui a entrevista com o estudante Augusto Saraiva à Rádio Brasil Atual.