Vai fechar 94 escolas

Apesar da rejeição popular, governo Alckmin mantém ‘reorganização’

Em reunião com Apeoesp, Afuse, lideranças estudantis, centrais sindicais e representantes do MST, MTST e FNM, Herman Voorwald prometeu cumprir critérios. Manifestações serão intensificadas

São Paulo – Apesar da forte rejeição popular, marcada por manifestações de alunos e professores em todo o estado desde o final de setembro, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) deverá levar adiante seu projeto de “reorganização” da rede estadual. Em reunião na tarde de hoje (4), na sede da Secretaria Estadual da Educação, na capital,  com representantes do Grito pela Educação de Qualidade, rede de sindicatos e movimentos sociais contrários ao projeto do governo tucano, o secretário Herman Voorwald afirmou que o projeto será levado adiante. No entanto, comprometeu-se a obedecer critérios estabelecidos, como a transferência de alunos para escolas distantes até 1.500 metros das atuais.

“Essa distância será descumprida porque nem sempre há escolas próximas”, diz a presidenta da Apeoesp (sindicato dos professores estaduais), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel. De acordo com a dirigente, Voorwald estava visivelmente abatido. “A forte resistência ao projeto, nas ruas, mostra que o governo perdeu. A população não quer a desorganização”, disse. Bebel destacou ainda que a resistência deverá aumentar, com novos atos nos próximos dias. O Grito fará novo ato diante da sede do governo paulista, no Morumbi, na próxima terça-feira (10).

O projeto de Alckmin é reprovado por 59% dos paulistanos, conforme pesquisa divulgada hoje pelo Instituto Datafolha. Pelo levantamento, 62% dos entrevistados acreditam que as mudanças trarão prejuízos ao ensino.

Integram o Grito a Apeoesp, Sindicato dos Servidores e Funcionários da Educação de São Paulo (Afuse), CUT, CTB, União , do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Frente Nacional por Moradia (FNM), União Nacional dos Estudantes (UNE), Central de Movimentos Populares (CMP) e entidades representativas dos estudantes do ensino médio, entre outros.


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