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Governo do Rio antecipa férias, e professores acusam manobra para desmobilizar ocupações

Com a medida do governo do estado, os alunos das 66 escolas ocupadas não entrarão de férias com agosto, como os estudantes das outras unidades

Divulgação

Estudantes também pedem recontratação de jardineiros e porteiros que foram demitidos pelo governo carioca

São Paulo – A Secretaria de Educação do Rio de Janeiro antecipou as férias dos alunos das 66 ocupadas na capital fluminense. Eles entraram em período de descanso ontem (2) O governo argumenta que a medida serve para minimizar os prejuízos ao ano letivo, porém, para os estudantes e professores, que estão em greve, trata-se de uma tentativa de enfraquecer o movimento, iniciado em março.

Com a medida do governo do estado, os alunos das escolas ocupadas não entrarão de férias em agosto, como os estudantes das outras unidades. “Todos se planejaram para viagens ou outra forma de lazer nas férias. Isso é uma forma de desmobilizar, de forma covarde, o movimento estudantil e acabar com a greve”, afirma a professora Erika Cosendey, em entrevista à TV Brasil.

Os alunos reivindicam melhorias de infraestrutura nas escolas e apoiam a mobilização dos professores em greve por reajuste salarial. Os secundaristas continuam mobilizados nas escolas ocupadas. No colégio Duque de Caixas, localizado na Baixada Fluminense, alunos reclamam que nunca utilizaram a sala de informática e a biblioteca. A escola também possuía uma sala tranca com equipamentos e materiais, nunca utilizados, para a aula de educação física.

No colégio Paulo Freire, na zona norte do Rio de Janeiro, há um laboratório de informática que não era aberto aos alunos, além de instrumentos musicais abandonados e livros didáticos trancados.

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