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Tombini promete conversão da inflação para o centro da meta

Wilson Dias/Agência Brasil “A política monetária brasileira tem de continuar vigilante”, disse Tombini, em entrevista coletiva Presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, foi confirmado hoje (27) no cargo pela […]

Wilson Dias/Agência Brasil

“A política monetária brasileira tem de continuar vigilante”, disse Tombini, em entrevista coletiva

Presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, foi confirmado hoje (27) no cargo pela presidenta Dilma Rousseff. Após a confirmação, em entrevista coletiva, ele defendeu as medidas que têm sido adotadas até o momento para controle da inflação.

Lembrando mecanismos adotados pelo BC para supervisionar a possibilidade de choques do sistema financeiro internacional ao mercado interno, manutenção de elevados padrões de estabilidade financeira e programas de ajustes cambiais para proteger agentes econômicos, Tombini reiterou que trabalhará para que as taxas de inflação se aproximem de 4,5%, que é o centro da meta.

“Em relação ao conjunto das políticas macroeconômicas e dentro do fortalecimento da política fiscal, por meio de processo consistente e crível de consolidação das receitas e despesas rigorosamente conduzido, (esse processo) deverá, ao longo do tempo, facilitar a convergência da inflação para a meta de 4,5% ao ano”, declarou.

Tombini participou da coletiva ao lado dos novos ministros indicados pela presidenta Dilma Rousseff para a área econômica. Joaquim Levy assumirá o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa o do Planejamento. O presidente do BC explicou o quadro da atual política monetária, justificando a adoção de medidas para elevar a taxa de juros.

“O patamar elevado da inflação acumulada em 12 meses reflete, em parte, a ocorrência de dois importantes processos de reajustes de preços relativos da economia: o realinhamento dos preços domésticos, em relação aos internacionais, e o realinhamento dos administrados, em relação aos livres”, salientou.

Para o presidente do BC, a política monetária brasileira tem de continuar vigilante, de modo a conter efeitos de segunda ordem sobre preços administrados e evitar que esses ajustes se espalhem para o restante da economia.

Segundo ele, as respostas adotadas pela autoridade monetária deverão garantir um cenário de convergência da inflação para o centro da meta, visualizando um horizonte positivo para 2015 e 2016.

“Atuando de forma independente, mas complementar, as políticas fiscal e monetária têm ambiente de estabilidade e solidez do sistema financeiro. Elas serão cruciais para retomada da confiança de empresários e consumidores na economia brasileira”, concluiu.