Providência vira grife e participa da maior feira de negócios de moda na América Latina

Rio de Janeiro – Promover a inclusão social e a redução da pobreza extrema são os principais objetivos da marca Providência, criada no ano passado pelo Banco da Providência. Fundado […]

Rio de Janeiro – Promover a inclusão social e a redução da pobreza extrema são os principais objetivos da marca Providência, criada no ano passado pelo Banco da Providência. Fundado pelo bispo dom Helder Câmara há 50 anos, o banco desenvolve ações em 104 comunidades de mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio de Janeiro. São ações que geram oportunidades de transformação social e contribuem para o resgate da cidadania.

A grife Providencia está participando do espaço Moda Sustentável da 17ª edição do Senac Rio Fashion Business, aberto hoje (10), na Marina da Glória (zona sul). “A grife Providência é o mais novo projeto social do banco, que é a difusão social na moda”, explicou hoje (10) à Agência Brasil a responsável pela área de novos negócios, Helena Rocha.

A marca Providencia foi lançada oficialmente no atacado em maio do ano passado, durante o Senac Rio Fashion Business, maior bolsa de negócios de moda da América Latina. Em junho, a grife conseguiu um espaço, cedido por um grande shopping center da zona sul, para venda dos produtos no varejo. O projeto envolve 52 artesãs.

Helena Rocha disse que o sucesso do empreendimento foi tão grande que, em um ano, a grife multiplicou a produção por dez. “Nós fazíamos 250 peças por mês em maio de 2010 e terminamos o ano trabalhando com 2,5 mil peças/mês. Que dizer, foi um aumento de 1.000%”.

O projeto se baseia em um modelo de negócios no qual uma designer, Luiza Bonemy, cria a coleção e orienta as artesãs sobre como produzir as peças, permitindo que a criatividade e o talento possam aflorar. “O grande problema das ONGs [organizações não governamentais] é que elas podem capacitar, mas param o trabalho ali porque é difícil escoar o produto”. O modelo adotado tornou a grife Providencia autossustentável. “Mais de 70% dessas pessoas mais do que dobraram a renda”, disse Helena.

A designer Luiza Bonemy ressaltou que o trabalho desperta nas mulheres das comunidades uma sensibilidade muitas vezes esquecida. “Muitas dizem: eu não sabia que era capaz de fazer isso”.

Fonte: Agência Brasil