Proposta de financiamento habitacional pode apoiar retomada da economia
Diretor do Dieese diz que plano defendido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e pelo MTST estimularia a criação de empregos no setor da construção civil e impulsionaria a demanda por insumos
Publicado 01/06/2015 - 14h57
Proposta contribuiria para reverter a trajetória de retração da economia brasileira e estimularia o emprego
São Paulo – Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, comentarista econômico da Rádio Brasil Atual, o governo deve analisar “com celeridade” a proposta conjunta de política de financiamento habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). A proposta prevê a redução da alíquota de recolhimento compulsório sobre a poupança, de 20% para 15% e a reversão do montante liberado para programas habitacionais que privilegiem a população de baixa renda. Clemente defende que a medida tem o potencial de dinamizar o setor da construção civil.
Além de contribuir para a continuidade da redução do déficit habitacional brasileiro, o plano traria impulso positivo na criação de empregos no setor, que fechou mais de 200 mil postos de trabalho desde meados do semestre passado, além de estimular a demanda nos setores industriais que fornecem insumos para a construção, como vidro, cimento, tijolo, areia e aço, aponta o diretor do Dieese.
Clemente acredita que a proposta pode gerar “um movimento virtuoso e anticíclico”, em um momento em que a taxa de crescimento da economia registra índices negativos, apontando para uma recessão.
A coordenadora do MTST Ana Paula Ribeiro destaca que o movimento reivindica do governo desde o ano passado o lançamento da terceira edição do Minha Casa, Minha Vida. E que a ampliação da base de recursos do bancos como fonte de financiamento habitacional para pessoas de baixa renda seria uma forma, também, de o governo compensar o ajuste fiscal: “Já que tem um ajuste fiscal vergonhoso para cima dos trabalhadores, a gente tem essas propostas”, disse Ana Paula em reportagem da Rádio Brasil Atual. Ouça a íntegra:
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