Projeção do mercado para inflação oficial este ano tem décima alta consecutiva

A estimativa para o IPCA passou de 5,48% para 5,58%, segundo o boletim Focus (Foto: Antonio Gauderio/Folhapress) Brasília – Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) elevaram pela […]

A estimativa para o IPCA passou de 5,48% para 5,58%, segundo o boletim Focus (Foto: Antonio Gauderio/Folhapress)

Brasília – Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) elevaram pela décima semana seguida a projeção para a inflação oficial este ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,48% para 5,58%, segundo o boletim Focus, divulgado às segundas-feiras pela BC.

Para 2011, a expectativa para o IPCA subiu pela segunda semana seguida – de 5,05% para 5,15%. A projeção para o índice este ano e em 2011 está acima do centro da meta de inflação de 4,5%, mas ainda dentro do limite superior de 6,5%.

Para controlar a demanda por bens e serviços, o BC usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que deve permanecer no patamar de 10,75% ao ano, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 7 e 8 de dezembro. Para 2011, permanece há uma semana a expectativa de que a taxa encerrará o período em 12% ao ano.

O boletim Focus também traz a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 6,06% para 6,13%, este ano, e de 4,71% para 4,83% em 2011.

A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu de 10,36% para 11,02%, este ano, e permaneceu em 5,26%, em 2011.

A expectativa para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) este ano foi ajustada de 10,59% para 10,89%. Para o próximo ano, passou de 5,35% para 5,30%.

A projeção dos analistas para os preços administrados permaneceu em 3,5%, em 2010, e caiu de 4,6% para 4,5%, em 2011. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.

Crescimento

A projeção de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano mantém-se, pela terceira semana seguida, em 7,6%, segundo o boletim Focus.

Para 2011, também não foi alterada a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de 4,5%. Essa estimativa é mantida há 50 semanas.

Além da estimativa para o PIB, consta do boletim Focus a expectativa para a expansão da produção industrial, que passou de 11,07% para 11%, este ano, e de 5,25% para 5,40%, em 2011.

A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 40,55% para 40,50%, em 2010, e de 39,60% para 39,50%, em 2011.

A expectativa para a cotação do dólar permanece em R$ 1,70, ao final deste ano, e em US$ 1,75, ao fim de 2011.

A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi mantida em US$ 16 bilhões, este ano, e em US$ 8 bilhões, em 2011.

Agência Brasil