Produção industrial perde força e tem ritmo menos intenso em 12 meses

Segundo o IBGE, atividade recuou 2,1% no mês e 1,3% na comparação com 2010. Em 12 meses, ritmo caiu pela metade na comparação com outubro

 

São Paulo – A produção industrial brasileira caiu 2,1% de março para abril e 1,3% na comparação com abril do ano passado, após crescer 3,3% nos três meses anteriores – em março, havia atingido o patamar mais alto da série histórica. Na comparação anual, foi a segunda queda seguida e “com perfil generalizado”, segundo o IBGE, que divulgou os números nesta terça-feira (31). No quadrimestre, a produção avança 1,6%, abaixo do resultado do trimestre (2,6%). Outro sinal de desaceleração é dado pelo resultado em 12 meses, com crescimento de 5,4%, mas em trajetória descendente desde outubro, quando a taxa foi de 11,8%. De março para abril, a taxa recuou 1,5 ponto percentual, no resultado menos intenso desde junho de 2010.

Ainda na comparação mensal, houve queda em 13 dos 27 ramos pesquisados pelo instituto, com destaque para a retração de 5,4% em máquinas e equipamentos, após quatro meses de crescimento (alta acumulada de 4,9% nesse período). Outras quedas expressivas foram registradas em produtos de metal (-9,3%), veículos automotores (-2,8%), alimentos (-2,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,4%).

Em relação a abril do ano passado, o índice negativo foi resultado, segundo o IBGE, do “recuo em três das quatro categorias de uso, 16 dos 27 ramos, 44 dos 76 subsetores e 52% dos 755 produtos pesquisados”. Entre os setores, os principais destaques negativos foram de alimentos ((-8,2%), máquinas e equipamentos (-5,8%), têxtil (-15,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-3,5%) e produtos de metal (-5,8%).

No ano, o IBGE apurou alta em 18 dos 27 rarmos industriais. O segmento de veículos automotores acumula alta de 7,2%. Também se destacaram indústria farmacêutica (8,1%), outros equipamentos de transporte (12,4%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (22,8%), minerais não metálicos (4,4%), indústrias extrativas (2,8%), refino de petróleo e produção de álcool (2,4%) e máquinas e equipamentos (1,9%).