Negativa

Produção industrial em abril cai pelo segundo mês consecutivo, aponta IBGE

Este é o segundo resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação, que considera o mês imediatamente anterior

Antonio Pinheiro/ GERJ

Queda foi puxada principalmente por maus resultados na produção de equipamentos para transportes

São Paulo – A produção industrial brasileira fechou o mês de abril deste ano em queda de 0,3%, na comparação com o mês imediatamente anterior. Este é o segundo resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação, o que leva a industria a acumular queda de 0,8% na produção nos meses de março e abril. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil (PIM-PF Brasil) e foram divulgados hoje (4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, na série sem ajuste sazonal, quando a comparação se dá com o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial caiu 5,8% em abril deste ano. A produção iniciou o ano em queda de 2% em janeiro; cresceu 4,6% em fevereiro e depois voltou a cair 0,7% em março, sempre na comparação com igual mês do ano anterior.

Com os resultados divulgados, a produção industrial brasileira fechou os primeiros quatro meses do ano com queda de 1,2%, comparativamente ao resultado acumulado dos primeiros quatro meses de 2013. Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, mesmo tendo avançado 0,8% em abril deste ano, mostrou, segundo o IBGE, “clara redução no ritmo de crescimento” frente ao resultado verificado em março, quando o crescimento foi de 2,1%.

Os dados da pesquisa indicam que entre as grandes categorias econômicas a maior perda de dinamismo foi observada em bens de capital, que passou de 11,4% no último quadrimestre do ano passado para 4,8% nos quatro primeiros meses de 2014. A queda do dinamismo foi influenciada, principalmente, pela menor produção de bens de capital para equipamentos de transporte (de 7,3% para -10,3%). Os segmentos de bens de consumo duráveis (de 0,9% para -1,0%) e de bens intermediários (de -0,5% para -1,5%) também apontaram taxas negativas no primeiro quadrimestre do ano.