na bomba

Petrobras anuncia aumento nos preços da gasolina e do diesel

Apesar da nova política de preços, estatal afirma que estava “no limite da sua otimização operacional”, incluindo importações complementares para suprir mercado

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Estatal diz que o preço da gasolina para distribuidoras acumula redução de R$ 0,15 no ano

São Paulo – A Petrobras anunciou nesta terça-feira (15) que vai reajustar os preços da gasolina e do diesel a partir de amanhã. A gasolina terá reajuste de R$ 0,41 por litro, que passará a ser de R$ 2,93 nas distribuidoras, em média. O aumento é de cerca de 16%. O diesel será reajustado em R$ 0,78, chegando a R$ 3,80 por litro. O reajuste é de 26%.  

Segundo a Petrobras, levando em conta a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina vendida na bomba, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 por litro.

Pelas contas da estatal, apesar da majoração, o preço da gasolina vendida às distribuidoras acumula redução de R$ 0,15 por litro no ano. Em 2023, o preço de venda de diesel da Petrobras para as distribuidoras acumula redução de R$ 0,69 por litro. 

Em nota, a Petrobras destaca que o “o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”.

Nova política de preços

De acordo com a estatal, sua nova política de preços “incorpora parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação”. Isso permitiu reduzir seus preços de gasolina e diesel, minimizando os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, diz a companhia.

Em maio, a empresa oficializou o fim da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) do petróleo e combustíveis derivados, como gasolina e diesel, que seguiam parâmetros balizados pelo dólar e o mercado internacional. A PPI foi introduzida no governo de Michel Temer.

No entanto, a estatal estava “no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares”, o que tornou necessário o reajuste de preços para ambos os combustíveis, “visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”.