Para Dilma, uma economia dinâmica requer ação constante do governo

No anúncio da segunda etapa do Plano Brasil Maior, presidenta Dilma afirma que o programa de ação conjunta para enfrentamento de crise requer um 'acompanhamento sistemático'

Dilma: ‘O Brasil tem consciência de que um mercado interno sólido é o melhor baluarte’ (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

São Paulo – Ao anunciar a segunda etapa das medidas do programa Brasil Maior, a presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (3) que um país não faz um programa de enfrentamento de conjuntura econômica adversa “úma única vez”. O governo, segundo a presidenta, preferiu usar sua capacidade de acompanhar a conjuntura, apostando no aprimoramento sistemático do plano Brasil Maior, em favor da indústria e da economia.

“Vamos adotar todas as salvaguardas possíveis para defender as empresas, a renda e nossos trabalhadores. Nós sabemos que uma forma de competição predatória é a que usa medidas de desvalorização das moedas. Nós estamos atentos a essas práticas e vamos agir sempre dentro dos limites das normas internacionais, e que não sejam consideradas práticas desleais”, ressaltou a presidenta.

Segundo Dilma, o governo está atento à desvalorização das moedas, prática adotada pelos países mais afetados pela crise internacional que considera uma forma de “competição predatória”. Ao reafirmar o compromisso do seu governo com o setor produtivo nacional, Dilma afirmou que o desenvolvimento do país depende de uma indústria forte, inovadora e competitiva. Ela disse ainda que aposta no fato de o Brasil ter consciência de que um mercado interno sólido é o melhor baluarte contra qualquer crise mundial que ameace a indústria e a criação de emprego.

“Sabemos que a saída para a crise não está naquela velha receita da recessão e da precarização do trabalho. Essa tem sido, para nós, a fórmula do fracasso que faz sempre as mesmas vítimas: os trabalhadores, os empresários, as forças produtivas. O corte indiscriminado de investimentos e gastos não pode ser celebrado quando forem apenas componentes de um quadro de recessão e paralisia.”

Dilma destacou a desoneração da folha de pagamento, uma das medidas anunciadas pelo governo, pois considera que as eventuais perdas de arrecadação das contribuições previdenciárias serão compensadas pelo Tesouro e não pelos próprios trabalhadores. Para ela, essa mudança evidencia o fato de que o governo trabalhará para que os ajustes não recaiam sobre os trabalhadores e que a medida não vai refletir em déficit previdenciário, pois” é uma política do governo”.

De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a estimativa é que a desoneração total anual seja de R$ 7,2 bilhões. Para 2012, o montante será de R$ 4,9 bilhões, já que as medidas passam a vigorar a partir de julho. “Em período de crise a competitividade dos outros países aumenta, há países que vendem abaixo do preço de custo, dão subsídios e, neste momento, temos de dar impulso à competitividade brasileira”, disse Mantega, ao apresentar as medidas em cerimônia no Palácio do Planalto.

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