Mercado de trabalho

No ABC paulista, taxa de desemprego recua pelo segundo mês seguido

Resultado se dá, basicamente, pela diminuição de pessoas à procura de trabalho

São Paulo – Pelo segundo mês seguido, a taxa de desemprego no ABC paulista recuou, passando de 10,4% para 10% em fevereiro, também abaixo de igual mês do ano passado (10,3%). Não foram abertas vagas no período, mas a taxa caiu pela diminuição de pessoas na população economicamente ativa (PEA). Pelos dados da pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, divulgada hoje (25), o número de desempregados foi estimado em 138 mil, queda de 4,8% no mês (menos 7 mil) e de 4,2% em 12 meses (menos 6 mil).

De janeiro para fevereiro, o número de ocupados (1,239 milhão) recuou 0,6%, o correspondente a menos 8 mil, com retração na indústria de transformação (19 mil a menos, -6,5%), particularmente no segmento de metal-mecânica, que fechou 14 mil (-9,3%). O setor de comércio e reparação de veículos abriu 9 mil vagas (alta de 4,5%), enquanto os serviços – que concentram 55% dos empregos no ABC – tiveram queda de 0,6% (menos 51 mil).

Em 12 meses, a ocupação cai 1,4%, o equivalente a 18 mil vagas a menos, com queda de 17,5% na indústria (58 mil a menos, ou -17,5%) – e de 21,4% apenas na metal-mecânica, que fechou 37 mil. O comércio cai 4,6% (menos 10 mil) e o setor de serviços cresce 8,1%, com criação de 51 mil postos de trabalho.

O emprego com carteira assinada cai 0,8% no mês e fica relativamente estável (-0,1%) em 12 meses. Em números absolutos, são 710 mil ocupados formais, ante 711 mil em fevereiro do ano passado.

Estimado em R$ 2.183, o rendimento médio dos ocupados fica praticamente estável no mês (0,2%) e recua 5,3% na comparação anual.