Bate-papo

Levy fala com internautas sobre ajustes e arrumação de contas

Ministro da Fazenda afirmou que os cortes nos gastos públicos colaboram para o controle da inflação e promete Brasil mais competitivo

Portal Brasil/Reprodução

Levy prometeu país mais competitivo, com melhores empregos e maior inserção na economia mundial

São Paulo – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, inovou e participou de um bate-papo hoje (9) com internautas no Facebook por meio do perfil Portal Brasil, do governo federal. Falou sobre ajustes e seus impactos no dia a dia, inflação e perspectivas para a economia. Com a hashtag #‎LevyResponde, o internauta acompanhou a transmissão no endereço e enviou suas perguntas. Sobre as expectativas da economia do país daqui a quatro anos, Levy respondeu que podemos esperar “um Brasil mais competitivo, que vai conseguir ter uma presença maior no mundo, com empregos melhores”. Para tanto, insistiu, é necessário arrumar as contas do governo e estimular a concorrência.

Sobre a possibilidade de aumento de impostos, o ministro não confirmou nem desmentiu, alegando que “provavelmente terá que pensar em rebalancear alguns impostos, até porque alguns foram reduzidos há algum tempo”. Mas acrescentou que qualquer mudança será feita “com cuidado e depois de a gente esgotar outras possibilidades”.

Com relação às necessidades de ajustes, Joaquim Levy citou medidas anunciadas no final do ano para, segundo o governo, conter distorções na concessão de benefícios, a diminuição de empréstimos subsidiados e cortes no custeio da máquina pública. “O objetivo é limitar esse tipo de despesa para, com essa economia, ter dinheiro para pagar a Previdência Social e os benefícios certos, que o governo tem obrigação de pagar, e sempre em dia”. Tais medidas, disse o ministro, ainda traria importante impacto no esforço para conter a inflação.

Um dos internautas perguntou a Levy se ele se considera um Chicago boy, referência à Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e ao pensamento neoliberal em voga principalmente desde os anos 1980. Ele citou frase repetida por um de seus professores: ‘Ninguém come realmente de graça’. “Essa frase é importante para quem está no governo. Tudo que o governo ‘dá’ é pago pelo contribuinte.”