Ministra do Planejamento afirma que corte no Orçamento não afeta Minha Casa, Minha Vida

Unidades da segunda fase do programa respeitarão acesso para pessoas com deficiência

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior explicou que as novas casas serão maiores e terão portas e janelas mais largas, além de piso de cerâmica em todos os cômodos (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

São Paulo – O corte de R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União anunciado em fevereiro não compromete o programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a meta é entregar 2 milhões de casas até 2014. Nesta sexta-feira (17), em entrevista ao Bom Dia, Ministro, ela destacou que as unidades habitacionais entregues na segunda edição do programa respeitarão normas de acesso para pessoas com deficiência.

A ministra admite que, na primeira etapa, apenas 3% das moradias eram adaptadas. Miriam Belchior explicou que as casas serão maiores e terão portas e janelas mais largas, além de piso de cerâmica em todos os cômodos e azulejo nas paredes dos banheiros e cozinhas. “Estamos tornando as casas ainda melhores”, disse. Outra estratégia do governo é investir em sistemas de aquecimento solar, já que, segundo a ministra, o uso do chuveiro elétrico chega a comprometer até 30% do orçamento de famílias de menor renda.

Sem cortes

Para rechaçar o aperto no Minha Casa, Minha Vida por causa da contenção de despesas do governo federal, a ministra lembrou que os recursos repassados para a construção de moradias populares aumentaram 5% em relação a 2010. “Não temos nenhuma preocupação (com cortes)”, disse.

Em fevereiro deste ano, o governo anunciou corte de gastos no orçamento em todos os ministérios. Informações do mercado imobiliário sugerem que as contratações estariam congeladas por causa do ajuste fiscal. Com as informações, a Miriam Belchior desmente os rumores.

A ministra afirma que 300 mil habitações foram entregues na primeira fase do programa, e a meta de 1 milhão de unidades foi contratada. Questionada sobre a possibilidade de descumprimento dessa meta, ela ressaltou que é preciso um tempo mínimo para que as obras sejam concluídas.

“Começamos o programa em abril de 2009. As primeiras contratações se deram no final de 2009. É neste ano que a maior parte será entregue. Não temos essa preocupação. Acreditamos que a meta será alcançada”, afirmou. A estimativa da pasta é que mais 300 mil moradias sejam entregues até dezembro.

Com informações da Agência Brasil