Minha Casa Minha Vida 2 mira população que ganha até três salários mínimos

Governo atende reivindicação de movimentos de moradia

Segunda fase do programa contará com um investimento em torno de R$ 130 bilhões (Foto: Roberto Stuckert\Presidência – arquivo)

São Paulo – Está marcada para esta quinta-feira (16) a solenidade de lançamento da segunda fase do programa Minha Casa Minha Vida, que planeja promover a construção de mais de 1 milhão de novas moradias. Na nova etapa do programa, será atendida uma reivindicação do movimento popular por moradia, que cobrava a inclusão mais relevante da parcela de participantes que ganham de zero a três salários mínimos. De acordo com o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, a nova fase do programa contará com um montante entre R$ 120 bilhões e R$ 140 bilhões para o financiamento de novas moradias.

Para o membro da União Nacional de Moradia Popular Donizete Fernandes, é necessário que o governo garanta a maior participação de pessoas carentes no Minha Casa Minha Vida. “Vamos cobrar, nas ruas, em manifestações, que esses recursos atendam efetivamente essa parte da população”, assegura.

O gerente-executivo da Caixa, João Alberto Moschkovich, garante que “foi determinado que 60% de toda a verba (da segunda fase do programa) seja destinada para a fatia de pessoas que ganham de zero a três salários mínimos.”

Em todo Brasil, o Minha Casa Minha Vida já contratou 1.079.689 moradias para famílias que se encaixam nos pré-requisitos do programa. De acordo com o Ministério das Cidades, o valor total gasto foi de R$ 60,2 bilhões.

Donizete Fernandes acredita que o governo deveria proporcionar aos participantes que ganham de zero a três salários mínimos alguma facilidade para a compra de materiais básicos para a nova residência. “É uma reivindicação do movimento de moradia que haja, para essas pessoas, um financiamento de materiais da linha branca, como geladeira e fogão”, afirma. Moschkovich diz que o governo ainda não tem nenhuma política de incentivo à compra de materiais da linha branca, para as famílias que participarão do Minha Casa Minha Minha Vida 2.

Saneamento básico

De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a segunda etapa do programa ainda irá priorizar obras de saneamento básico. Segundo ela, a grande demanda da iniciativa privada levou o governo a pensar mais detalhadamente nessa questão.

“Precisamos enfrentar uma questão que é o delay (atraso) entre a necessidade de infraestrutura, especialmente de água e esgoto, e a execução das moradias. Essa é uma questão que nos já tínhamos identificado e nossas discussões regulares com o setor privado apontaram como tema importante a ser resolvido”, afirmou.

Para a ministra, aprovar projetos de saneamento que complementem obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) será uma prioridade. “Vamos aplicar recursos em quem tem efetiva condição de realização. Tem prazo para a obra começar. Tem vários incentivos para que o projeto ande e, se ele não andar, os municípios e o estado perdem recursos”, observou.

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