Miguel Jorge nega processo de desindustrialização no Brasil e reclama de incentivos à importação

O ministro Miguel Jorge (Foto: MDIC) São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, negou nesta terça-feira (31) que haja risco de desindustrialização no país. […]

O ministro Miguel Jorge (Foto: MDIC)

São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, negou nesta terça-feira (31) que haja risco de desindustrialização no país. Após participar do 5º Encontro do Comitê Econômico de Comércio Conjunto entre Brasil e Reino Unido, o ministro disse que não há indícios de que esteja ocorrendo um processo de redução da capacidade industrial no Brasil e criticou o incentivo dado por alguns governos estaduais às importações.

“Há algumas deformações causadas por excesso de importações em alguns setores e em alguns estados, porque alguns estados estão fazendo uma política que eu chamo de política de aberração de incentivar as importações”, disse o ministro.

Segundo Miguel Jorge, esse incentivo ocorre, algumas vezes, por meio do programa Pró-Emprego. “Essas importações estão se dando exatamente por causa dessas facilidades exageradas e paradoxais porque, nesses estados, por exemplo, esse programa de importação incentivada é feito sob o mando do Pró-Emprego”, criticou. Para Miguel Jorge, apesar do nome, o programa não estaria criando vagas de trabalho no país. “Só se for Pró-Emprego no exterior”, ironizou.

De acordo com o ministro, apesar do crescimento do país ainda ser maior que a capacidade de produção, a maior parte das importações brasileiras está se dando nas áreas de insumos, máquinas e equipamentos, o que significa que o Brasil está se modernizando, “o que é um bom sinal para o país”.

Na segunda-feira (30), em São Paulo, o ministro da Fazenda Guido Mantega também negou haver qualquer risco de desindustrialização. Mantega admitiu que, durante a crise, houve um encolhimento do mercado de manufaturados em todo o mundo e o Brasil também sentiu o impacto. “Mesmo assim, eu não falaria num processo de desindustrialização, já que o nível de investimento da indústria vem crescendo e nosso mercado interno garante que a produção industrial vai continuar crescendo nos próximos anos”, afirmou.

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