Estudos mostram mais demissões em bancos e clientes insatisfeitos

São Paulo – Dois estudos sobre os bancos brasileiros foram divulgados na terça-feira (30). Um trata do comportamento das empresas do ponto de vista do emprego, e o outro da […]

São Paulo – Dois estudos sobre os bancos brasileiros foram divulgados na terça-feira (30). Um trata do comportamento das empresas do ponto de vista do emprego, e o outro da forma como os clientes enxergam o serviço oferecido. Enquanto sindicatos de trabalhadores criticam o ramo por demitir um elevado número de funcionários para, com a rotatividade, rebaixar salários, os correntistas percebem falhas relacionadas a taxas, prestação de serviços e de informações.

Realizada pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Pesquisa de Emprego Bancário mostrou que ocorreram 18.559 demissões primeiro semestre de 2011. As contratações somaram 30.537, com saldo de 11.958 postos de trabalho criados em todo o país.

Mesmo assim, os dados sugerem que as empresas adotam a rotatividade de mão de obra para reduzir custos, já que a média salarial dos demitidos é superior à dos admitidos. No primeiro semestre, a remuneração média dos bancários admitidos foi de R$ 2.497,79, valor 38,39% menor que a média dos desligados, de R$ 4.054,14.

O estudo é realizado trimestralmente desde 2009. Em dois anos e meio, ocorreram 82.001 desligamentos nos bancos. Para o levantamento, são empregados dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Clientes insatisfeitos

Em relação ao atendimento a clientes, estudo da consultoria canadense J.D. Power em cinco países coloca os bancos brasileiros com as piores avaliações. Foram três mil entrevistados em todo o mundo. As notas no país ficaram em média em 679 pontos, em uma escala de até mil – quanto mais alta a pontuação, maior a satisfação.

O questionário aplicado incluiu avaliações de seis fatores: atividades da conta, informações da conta, oferta de produtos, instalações físicas, taxas e resolução de problemas. O Canadá teve a melhor média, com 756 pontos, seguido por Estados Unidos (752), China (685) e Grã-Bretanha (683).

Um terço dos brasileiros participantes conviveram com algum tipo de problema com seu banco. No Canadá a situação atingiu apenas 16% (proporcionalmente metade). Falhas sem solução, comunicação inadequada e as tarifas altas, além do tempo de espera nas agências, são motivos de queixas.

Foram avaliados os sete maiores bancos brasileiros: Itaú Unibanco (707 pontos), HSBC (693), Banrisul (683), Santander Brasil (681), Caixa Econômica Federal (670), Bradesco (667) e Banco do Brasil (661).

Com informações da Reuters