Inflação

Energia volta a pressionar, e IPCA fecha maio em alta

Índice oficial de inflação foi a 0,74% no mês. Em um ano, atinge 8,47%

São Paulo – Depois de ceder no mês anterior, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,74% em maio, acima tanto de abril (0,71%) como de igual mês do ano passado (0,46%). Com isso, foi a 5,34% no acumulado de 2015, maior taxa para o período desde 2003 – de janeiro a maio de 2014, somava 3,33%. Em 12 meses, o índice oficial de inflação atinge 8,47%.

Segundo o IBGE, que divulgou os dados na manhã de hoje (10), a energia elétrica teve a maior contribuição individual para a taxa do mês: a alta foi de 2,77%, o correspondente a 0,11 ponto percentual do índice geral do mês. “A energia constitui-se num dos principais itens na despesa das famílias, com participação de 3,89% na estrutura de pesos do IPCA”, diz o instituto.

Em algumas regiões, o aumento nas contas foi superior a 10%. “Com a alta de maio e dos meses anteriores, o consumidor passou a pagar, neste ano, 41,94% a mais, em média, pelo uso da energia, enquanto nos últimos doze meses as contas estão 58,47% mais caras”, informa o IBGE.

Outros itens pressionaram a inflação no mês passado. No grupo Habitação, que inclui a energia elétrica, também subiram os preços do gás de botijão (1,31%), da taxa de água e esgoto (1,23%), condomínio (0,89%), aluguel residencial (0,66%) e artigos de limpeza (0,65%).

O grupo Alimentação e Bebidas, importante no orçamento familiar, subiu 1,37%, ante 0,97% em abril. O tomate, por exemplo, teve alta de 21,38% em maio e representou impacto de 0,07 na taxa geral. A cebola aumentou ainda mais, 35,59%, enquanto a cenoura subiu 15,90%. Alguns alimentos caíram de preços, casos da mandioca (-5,09%), farinha de mandioca (-4,42%), feijão carioca (-4,17%), ovos (-3,93%) e feijão preto (-2,14%).

O grupo com menor variação foi o de Transportes (-0,29%), com redução de 23,37% no item passagens aéreas.

Entre as regiões metropolitanas, o maior índice foi apurado em Recife (1,51%), com altas de 2,32% nos alimentos, 12,20% na energia e 5,20% na gasolina. O menor foi o de Brasília (0,25%), sob impacto da queda de 23,72% nos preços das passagens aéreas. Em São Paulo, o IPCA foi de 0,58% para 0,69%. No Rio de Janeiro, passou de 0,81% para 0,35%.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,99% em maio, ante 0,71% no mês anterior. Também ficou acima de maio de 2014 (0,60%). Com isso, foi a 5,99% no ano e a 8,76% em 12 meses.