Queda de braço

Copom abre nova reunião sob expectativa. Centrais voltam a protestar diante do BC

Comitê se reúne hoje e amanhã para decidir sobre taxa de juros. Governo e movimentos sindical e sociais pressionam pela redução

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São Paulo – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central abre nesta terça-feira (20) sua 255ª reunião, a quarta sob o atual governo, mais uma vez sob críticas por não alterar a taxa básica de juros. E, aparentemente, a insatisfação vai continuar, porque a aposta ainda é de manutenção da Selic em 13,75% ao ano. A expectativa, ao menos, é de que o Copom sinalize com reduções nas próximas reuniões. A decisão sairá no início da noite de amanhã.

Enquanto isso, centrais e movimentos voltam às ruas para protestar contra o BC e seu presidente, Roberto Campos Neto, que segue em linha de fogo com integrantes do governo. Enquanto alguns tentam manter relações “diplomáticas”, outros abrem baterias abertamente.

Na Paulista e em Brasília, atos contra os juros altos

Entre os atos programados para hoje, representantes de oito centrais sindicais estarão mais uma vez na Avenida Paulista, diante da sede do BC em São Paulo. A manifestação está marcada para as 9h30.

Já o presidente da CUT, Sérgio Nobre, estará em Brasília, para protesto previsto para as 8h30. “Não vamos sair das ruas enquanto o Campos Neto não baixar a Selic”, afirmou na última sexta-feira (16), durante passeata na região do ABC, citando o presidente do BC. “Se ele não fizer isso, vamos ao Senado pedir a cassação dele. Porque o papel do presidente o BC é promover emprego, desenvolvimento do país, e ele está fazendo o contrário.” Também estão previstos, até o momento, atos no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Reuniões no Congresso

Já a vice-presidenta da CUT e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, lembrou que representantes sindicais e de movimentos vão se reunir com intgrantes da frente parlamentar mista pela redução dos juros. Além disso, na quinta-feira (22) terão audiência com o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Por sua vez, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirma que o desenvolvimento e crescimento do país passam pela redução dos juros. “Defendemos a imediata redução da taxa de juros e a implementação de uma política que priorize a retomada do investimento, o crescimento da economia e a geração de emprego.” 


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