São Paulo – A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central – que na semana passada elevou a taxa básica de juros para 8% ao ano – justifica a decisão como forma de evitar os “danos” ao consumo e investimentos, devido à suposta “persistência” da pressão inflacionária. A ata foi divulgada hoje (6).

O texto diz que a inflação também é influenciada por mecanismos formais e informais de indexação, o que levaria a uma piora na percepção dos agentes econômicos sobre a dinâmica dos preços.

“Tendo em vista os danos que a persistência desse processo causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, faz-se necessário que, com a devida tempestividade, o mesmo seja revertido”, diz o Copom.

A decisão do Copom, formado por diretores e presidente do BC, de elevar a Selic foi unânime. “O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”, acrescenta.

O comitê insiste que no curto prazo a inflação projetada apresenta tendência de elevação. “Em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação como o observado nos últimos 12 meses persistam no horizonte relevante para a política monetária”.

Gasolina

A projeção de reajuste no preço da gasolina, neste ano, foi mantida em 5% pelo Copom, que também manteve a projeção de recuo de 15% na tarifa residencial de eletricidade. Segundo o Copom, essa estimativa leva em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas pelo governo, bem como reajustes e revisões tarifárias ordinários programados para este ano.

O Copom também manteve projeção de estabilidade no preço do botijão de gás e redução de 2% da tarifa de telefonia fixa em 2013. Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, em 2013, a estimativa caiu para 2,5%, ante 2,7% considerados em abril pelo Copom. Para 2014, foi mantida a projeção de 4,5%.

Com Agência Brasil