Construção civil sustenta crescimento do emprego na região Nordeste

Setor foi responsável pela maior parte das vagas abertas nos últimos 12 meses nas três maiores regiões metropolitanas. Destaque para Recife, com alta de 36,6%

São Paulo – A região metropolitana de Recife continua exibindo os resultados mais positivos na pesquisa mensal divulgada pelo Dieese e pela Fundação Seade. Nos últimos 12 meses, até janeiro, foi responsável por quase todas as vagas abertas no Nordeste – a pesquisa inclui ainda as regiões metropolitanas de Fortaleza e Salvador. E de um total de 135 mil empregos criados nesse período, mais da metade (76 mil) veio do setor da construção civil.

Recife teve em janeiro a menor taxa de desemprego (11,9%) da série histórica, iniciada em 1997. Em 12 meses, a região criou 126 mil vagas, expansão de 8,5%. A maior região pesquisada, a de São Paulo, cresceu 2%. Dessas 126 mil ocupações a mais, 34 mil foram na construção civil. Não teve o maior crescimento em números absolutos – o setor de serviços criou 78 mil –, mas a variação foi de longe a maior de todas: 36,6%.

Em Fortaleza, apesar de ligeira alta (de 7,7%, em dezembro, para 8,1%), a taxa de desemprego foi a menor para janeiro desde o início da série, três anos atrás. Em 12 meses, a região metropolitana perdeu 8 mil vagas (-0,5%), mas a construção civil criou 19 mil, uma expansão de 16,5%. A maior queda foi no comércio (-9%, com fechamento de 31 mil postos de trabalho).

Já em Salvador, a taxa cresceu tanto no mês como na comparação com janeiro de 2011, atingindo 15%, a maior entre as sete áreas pesquisadas. A região abriu 17 mil ocupações, mas a exemplo das outras regiões a dinâmica foi determinada pela construção civil, que abriu 23 mil vagas, crescimento de 17,8%. A indústria eliminou 14 mil empregos (-9,4%) e o comércio criou 10 mil (3,7%).