São Paulo – O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese no município de São Paulo, variou 0,28% em novembro, abaixo do mês anterior (0,37%) e também de igual período de 2015 (1,02%). No ano, a taxa está acumulada em 6,03% (10,59% em 2015), e em 12 meses vai a 6,84% (11,17% há um ano). Segundo o instituto, a queda no grupo Alimentação (-0,12%), o de maior peso no cálculo do ICV (quase um terço), ajudou a reduzir a taxa de novembro.

De acordo com os resultados, a inflação é maior para as famílias de menor renda. No estrato 1, que concentra esse grupo, o índice em 2016 soma 6,72%, caindo para 6,27% no 2 (intermediário) e 5,77% no 3. Em 12 meses, essas taxas são de 7,60%, 7,13% e 6,55%, respectivamente.

Entre os grupos, Despesas Diversas variou 1,26%, com alta de 1,50% nos gastos com ração de animais. Em Transporte, que subiu 1,03%, o Dieese apurou elevação de 8,27% no álcool e de 0,51% na gasolina. Em Saúde (0,88%), os seguros e convênios médicos subiram 1,34%, enquanto medicamentos e produtos farmacêuticos registraram queda de 0,08%. E em Habitação (0,37%), o item energia elétrica teve alta de 3,71%.

No grupo de maior peso, o custo com alimentação fora do domicílio aumentou 0,30%, os produtos in natura e semielaborados caíram 0,21% e a indústria recuou 0,29%. Dos diversos itens, os preços das frutas subiram 5,48%, com altas de abacate, maracujá, laranja, limão, kiwi e maçã e queda de ameixa, pêssego e melão.

Mandioca, mandioquinha e cebola tiveram aumento de preço, enquanto beterraba, cenoura, batata e alho registraram queda. O preço da carne bovina aumentou 0,67% e o da suína, 0,31%. Houve diminuição também do feijão carioquinha (-17,10%) e aumento para o arroz (0,34%. Os preços de todos os legumes caíram, com destaque para tomate (-14,03%), chuchu (-5,80%) e pimentão (-5,01%).