BC e CNI revisam para baixo previsões de crescimento da economia em 2012

São Paulo – O Banco Central (BC) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisaram para baixo suas previsões para o crescimento da economia este ano. No BC, que divulgou […]

São Paulo – O Banco Central (BC) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisaram para baixo suas previsões para o crescimento da economia este ano. No BC, que divulgou seu relatório trimestral de inflação, a taxa do Produto Interno Bruto (PIB) foi revisada de 2,5%, em junho, para 1,6%. Já a entidade empresarial prevê 1,5%, ante 2,1% no estudo do trimestre anterior.

“O fraco desempenho do investimento, que será 1,5% menor do que no ano passado, está na raiz do baixo ritmo de expansão do PIB”, diz a CNI, em seu Informe Conjuntural. A entidade prevê que a indústria permanecerá estagnada em 2012, com alta de 2% tanto para o setor extrativo como para a construção. “Há de fato sinais de recuperação da atividade industrial, detectados desde agosto, mas não é o suficiente, nestes meses que restam até o final do ano, para compensar a estagnação no primeiro semestre”, comenta o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade, Renato da Fonseca. A confederação manteve as projeções de 3,5% para crescimento do consumo das famílias e de 5,5% para a taxa de desemprego.

Já o BC acredita que o PIB atingirá 3,3% no acumulado do quarto trimestre até o segundo trimestre do ano que vem. Para a inflação, as projeções são de 5,2% este ano (ante 4,5% na estimativa anterior) e 4,9% no ano que vem. No relatório, a autoridade monetária avalia que considerados os “efeitos cumulativos e defasados” das ações de estímulo implementadas até agora, “que em parte se refletem na recuperação em curso da atividade econômica”, se houver ajuste adicional nos juros isso será feito “com máxima parcimônia”.

“Houve uma reunião do Copom quando a taxa de juros foi cortada em 50 pontos [0,5 ponto percentual]. Isso significa, certamente, que o espaço para continuidade desse movimento [de queda de juros] vai se estreitando”, disse o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo.