Balança comercial atinge saldo recorde de US$ 98,8 bi: superávit com a China e déficit com EUA
Crescimento em 2023 foi de 60,6% sobre o ano anterior. Exportações aumentaram 1,7% e importações caíram 11,7%
Publicado 05/01/2024 - 15h58
São Paulo – Com exportações de US$ 339,673 bilhões e importações de US$ 240,835 bilhões, a balança comercial brasileira fechou 2023 com saldo de US$ 98,838 bilhões, crescimento de 60,6% em relação ao ano anterior e no melhor resultado da série histórica. Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (5) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), as vendas aumentaram 1,7% e também bateram recorde, enquanto as compras caíram 11,7%, com base na média diária. (Confira destaques no final do texto.)
Entre os setores de atividade, a agropecuária teve alta de 9% nas exportações, somando US$ 81,48 bilhões. A indústria extrativa cresceu 3,5% (US$ 78,83 bilhões). Já a indústria de transformação registrou queda de 2,3% no ano, para US$ 177,19 bilhões.
Por país ou bloco
As vendas para a Argentina cresceram 8,9% no ano passado e totalizaram US$ 16,72 bilhões, enquanto para os Estados Unidos houve retração de 1,5% (US$ 36,87 bilhões). O bloco formado por China, Hong Kong e Macau teve expansão de 16,5% (US$ 105,75 bilhões). Por sua vez, houve redução de 9,1% nas exportações para a União Europeia (US$ 46,28 bilhões).
Em relação às importações brasileiras, houve queda de 21% na agropecuária, 27% na indústria extrativa e 10% na de transformação. Também caíram com a Argentina (-8,4%, para US$ 12 bilhões), Estados Unidos (-26%, para US$ 37,96 bilhões) e China/Hong Kong/Macau (-12,4%, para US$ 53,92 bilhões). A única alta foi da União Europeia: 2,6%, totalizando US$ 45,42 bilhões.
Dessa forma, o Brasil teve superávit comercial com a Argentina (U$ 4,72 bilhões), com o bloco chinês (US$ 51,83 bilhões) e com a União Europeia (US$ 860 milhões). E déficit com os Estados Unidos (US$ 1,09 bilhão).
Destaques de exportação
- Animais vivos (excluídos pescados e crustáceos)
- Milho não moído
- Soja
- Minério de ferro
- Minérios de cobre
- Açúcares e melaços
- Farelos de soja e outros alimentos para animais
- Instalações e equipamentos de engenharia civil
Quedas nas exportações
- Trigo e centeio (não moídos)
- Café não torrado
- Algodão em bruto
- Minérios de níquel
- Carvão
- Carne bovina
- Óleos combustíveis de petróleo (exceto brutos)
- Gorduras e óleos vegetais
Resultado por bloco/país:
- Argentina: exportações cresceram 8,9% e importações caíram 8,4%
- China/Hong Kong/Macau: exportações cresceram 16,5%, enquanto importações caíram 12,4%
- Estados Unidos: exportações caíram 1,5% e importações se reduziram em 26%
- União Europeia: exportações diminuíram 9,1% e importações cresceram 2,6%
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