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Petroleiros são impedidos de acompanhar votação de urgência em projeto do pré-sal

“Trancam as portas ao povo para poder entregar o patrimônio do povo brasileiro, que a natureza levou 150 milhões de anos para fazer', afirma o coordenador geral da FUP, João Antônio Moraes

CUT

Moaraes: “Câmara dos Deputados está aprovando um regime de urgência para entregar o que é nosso”

São Paulo – Os sindicalistas representantes dos petroleiros foram impedidos de acompanhar a sessão da Câmara dos Deputados que na noite desta terça-feira (12) aprovou o regime de urgência para o Projeto de Lei 4.567/16, que retira da Petrobras a participação com o mínimo de 30% nos leilões de blocos de exploração do pré-sal, mudando a Lei de Partilha, aprovada durante o governo Lula, em 2010.

O pedido para acelerar a discussão da matéria foi aprovado por 337 votos pelo plenário da Câmara. Contra a urgência, votaram 105 deputados. O projeto mantém à Petrobras a preferência em participar de todos os leilões de exploração, caso a estatal decida por integrar algum consórcio de petroleiras.

O diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) João Antônio de Moraes disse em vídeo gravado na Câmara e divulgado no Facebook que os deputados “trancam as portas ao povo para poder entregar o patrimônio do povo brasileiro – que a natureza levou 150 milhões de anos para fazer. A Câmara dos Deputados está aprovando um regime de urgência para entregar o que é nosso”.

Moraes classificou os deputados a favor do projeto de “golpistas e entreguistas” do patrimônio nacional. “É uma afronta aos interesses da nação”, afirmou.

Para defender o projeto, o governo interino de Temer tem sustentado a ideia de que a abertura do pré-sal vai animar a economia, com atração de investimentos.

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