Inflação

IGP-M cresce em junho, mas preços ao consumidor sobem menos

Alta se concentrou, principalmente, nos preços ao produtor. No IPC, caíram itens como gasolina e frutas. Em 12 meses, índice da FGV varia 12,21%. IPC soma 8,55%, com taxas menores há quatro meses

Tânia Rêgo/ABr

Também teve queda menos intensa o grupo de Alimentação (de 0,77% para 0,12%)

São Paulo – O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) avançou em junho, com variação de 1,69%, mas com comportamento diferenciado entre seus componentes. O de preços ao consumidor (IPC), por exemplo, foi metade do mês anterior, passando de 0,65% em maio para 0,33%. A alta se concentrou no IPA (preços ao produtor, de 0,98% para 2,21%, com pressão de itens como soja, feijão e milho em grão) e no INCC (custos de construção, de 0,19% para 1,52%).

O IPA corresponde a 60% do total e o IPC, a 30%. Foi a maior taxa para junho desde 2008, e a mais alta desde outubro. Os resultados foram divulgados na manhã de hoje (29) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No IPC, cinco dos oito grupos tiveram variação menor, com destaque para Saúde e Cuidados Pessoais, que passou de 2,21% para 0,67%. O item medicamentos foi de 6,20%, em maio, para 0,48%.

Também tiveram altas menos intensas ou quedas os grupos Alimentação (de 0,77% para 0,12%), Despesas Diversas (de 2,44% para 1,48%), Transportes (de -0,13% para -0,26%) e Comunicação (de 0,29% para 0,13%). A FGV destaca itens como frutas (de 3,27% para -6,69%), cigarros (de 5,88% para 2,74%), gasolina (de 0,04% para -1,18%) e tarifa de celular (de 0,45% para 0,24%).

Os grupos do IPC com alta foram Habitação (de 0,38% para 0,69%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,13% para -0,03%) e Vestuário de 0,64% para 0,70%). Entre os itens que subiram ou caíram menos, estão taxa de água e esgoto residencial (de 1,43% para 4,09%), show musical (de -1,94% para -0,81%) e calçados (de 0,36% para 1,13%).

O IGP-M acumulou variação de 5,91% no primeiro semestre. Em 12 meses, atinge alta de 12,21%. Também em 12 meses, o IPA soma 14,55%, o IPC tem 8,55% (com taxas continuamente menores há quatro meses) e o INCC, 6,40%.