passo importante

Acordos entre Brasil e México podem dobrar comércio entre os dois países

Dilma Rousseff se reuniu com o presidente Enrique Peña Nieto e fechou acordos que ampliam as relações comerciais e os investimentos

Roberto Stuckert Filho/PR

Comércio entre os dois países, fechou com US$ 9 bilhões em 2014, sendo um aumento de quase 100% em dez ano

Brasília – Em visita oficial aos mexicanos, a presidenta Dilma Rousseff e o presidente Enrique Peña Nieto assinaram ontem (26) uma série de acordos que modernizaram as regras das relações econômicas entre os dois países. A intenção é dobrar as trocas comerciais, hoje em US$ 9 bilhões anuais, em um prazo de menos de dez anos, segundo noticiou o Portal Brasil, da Secretaria de Comunicação Social do governo federal. “Os números estão aquém do potencial de comércio e investimentos dos dois países. Com os acordos, abrimos um novo caminho”, afirmou a presidenta.

No ano passado, o comércio entre os dois países fechou com um volume quase 100% maior em relação ao ano de 2004. Os investimentos mexicanos no Brasil somam um estoque de US$ 22 bilhões. “O Acordo [de Complementação Econômica anterior] incluía 800 produtos. Parece muito, mas podemos chegar a seis mil produtos”, ressaltou Dilma.

A presidenta citou que, neste ano, ocorreu um avanço com o acordo automotivo entre Brasil e México para intercâmbio de peças e carros montados. Atualmente, lembrou Dilma, um dos projetos mais importantes é o chamado Etileno 21, que envolve cerca de US$ 5 bilhões das empresas Braskem e Idesa. Outro investimento brasileiro relevante é um complexo siderúrgico da Gerdau, no valor de US$ 600 milhões.

Peña Nieto disse que os acordos firmados hoje são fundamentais para modernizar e atualizar as regras comerciais e de investimentos. “Esses acordos permitirão alavancar o nosso desenvolvimento e dar um salto qualitativo nas relações com o Brasil”, afirmou o presidente mexicano. Foram assinados documento para aumentar o fluxo de turistas e de voos comerciais dos dois países.

Brindes

Num ato bastante simbólico, os dois presidentes assinaram uma declaração conjunta para o “reconhecimento de origem” da tequila como produto mexicano e da cachaça como brasileira. Dilma encerrou seu discurso com uma citação do escritor mexicano Octavio Paz, ganhador do Nobel de Literatura, que sinaliza a vontade de aproximação mais forte. “O mundo muda quando dois se olham e se reconhecem”, disse a presidenta.

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