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Dilma vai excluir Plano Safra do ajuste fiscal

Ministra Kátia Abreu disse que o ajuste não será considerado nos anúncios que presidenta pretende fazer em maio sobre recursos que estarão disponíveis para o custeio dos agricultores

Renan Carvalhais/Gabinete Digital/PR

Kátia Abreu: “Ajuste fiscal não pode ser sinônimo de imobilismo”

São Paulo – A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, afirmou que o Plano Safra 2015-2016 não será afetado pelo ajuste fiscal do governo federal, após reunião hoje (20) com a presidenta Dilma Rousseff. Ela disse que o ajuste não será considerado nos anúncios que pretende Dilma fazer em maio dos recursos que serão disponibilizados para o custeio dos agricultores.

Segundo a ministra, o percentual dos juros deve seguir a tendência de 2014, com taxas similares à da inflação, o que indica que “a taxa real de juros é neutra”. Para a ministra, o crédito de custeio faz parte de uma necessidade imprescindível dos produtores, que precisam plantar. Quanto aos investimentos, os agricultores podem decidir se vão receber aportes ou não.

“Ajuste fiscal não pode ser sinônimo de imobilismo. O Plano Safra é um dos pontos que a presidenta exclui do ajuste. O aumento de juros é importante, coisa natural, porque se analisarmos, no passado a inflação ficou em 6,5% e as taxas de juros também. Elas variam de acordo com inflação no histórico dos anos. Ele seguirá o mesmo curso, o mesmo rumo e as taxas de juros serão praticamente neutras, como foram no ano passado”, declarou.

Plano para agropecuária

O Brasil vai atualizar todo o marco regulatório nacional de defesa agropecuária a partir do lançamento no próximo dia 6 de maio, pelo governo, do Plano Nacional de Defesa Agropecuária. O plano definirá, nacionalmente, estratégias e ações para evitar e combater pragas nas lavouras e doenças nos rebanhos.

Matopiba

A presidenta deve publicar no próximo dia 30 decreto instituindo e delimitando a área Matopiba, apresentando todos os seus potenciais de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, uma das últimas regiões agrícolas do mundo em expansão e sem desmatamento.

É uma região que (a presidenta) tem um olhar e uma atenção muito especial. Nós estamos observando o Matopiba, uma transferência de pecuária para a agricultura”, explicou Kátia Abreu. A pecuária na região, em função do maior emprego de tecnologia, tem ocupado espaços cada vez menores, proporcionando a ampliação da área de produção de grãos.

Segundo publicado pelo Blog do Planalto, os estudos para a criação da área e avaliação das potencialidades estão sendo realizados pela Casa Civil e pela Embrapa, além do Mapa. Um dos objetivos é atrair investimentos nacionais e estrangeiros para a Matopiba.

“É a última fronteira agrícola, vai ter a oportunidade de nascer e crescer com o apoio do Estado”, afirmou a ministra. Segundo ela, a política visa a apoiar o desenvolvimento da região por meio de investimentos em logística, infraestrutura e fornecimento de energia.

Kátia Abreu disse que o crescimento econômico da região representa prosperidade para as populações locais. “De 40, 45 anos para cá, as regiões de agricultura cresceram, prosperaram, mas foi observado uma permanência no ‘status quo’ da população local. Vêm os produtores com know-how, implantam uma grande tecnologia, produzem uma grande riqueza, mas os nativos ficam à margem desse crescimento.”

Com informações da Agência Brasil e do Blog do Planalto


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