Pré-sal

Ação do Exército será para garantir leilão aprovado democraticamente, diz Amorim

Forças Armadas irão isolar área da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde ocorrerá a definição dos consórcios que vão operar no Campo de Libra

antonio cruz/abr

Amorim: ‘Minha resposta se baseia no respeito à lei”

Rio de Janeiro – O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse hoje (18) que a atuação das Forças Armadas na proteção ao leilão do Campo de Libra, marcado para segunda-feira (21), garantirá o cumprimento de lei aprovada pelo Congresso Nacional. “Se não houvesse necessidade, não nos teriam chamado”, disse Amorim, ao comentar a solicitação de reforço pelo governo do Rio, que está preocupado com a ocorrência de protestos para impedir o evento.

“O governador pediu o apoio das Forças Armadas porque considerou que as forças do estado não eram suficientes e isso está previsto na Constituição”, declarou Amorim.

“Estaremos lá com esse objetivo, é uma situação excepcional”, reforçou, após palestra no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Apesar dos protestos que questionam a participação de empresas estrangeiras no leilão, o ministro Amorim disse durante a palestra que o leilão foi aprovado democraticamente.

“É legítimo ter opinião diferente da maioria do Congresso Nacional. Vivi 21 anos em governo autoritário e acho que a existência do Congresso é importante. Minha resposta se baseia no respeito à lei”, pontuou, sob vaias da plateia.

Dos cerca de 1,1 mil homens que integrarão as forças de segurança no dia da licitação do Campo Libra, na Barra da Tijuca, cerca de 700 são do Exército. A Força Nacional e as polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal também foram convocadas. As ações de segurança serão coordenadas pelo Comando Militar do Leste, que fica no Rio de Janeiro e é subordinado ao Ministério da Defesa.

Interdição

O Exército prevê a interdição de um trecho da Praia da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade. O leilão será realizado no Hotel Windsor Barra, que fica em frente à praia, na Avenida Lúcio Costa.

Segundo nota divulgada pelo Comando Militar do Leste, o comando regional do Exército responsável pelo Rio de Janeiro, o trecho de praia próximo ao hotel poderá ser fechado a banhistas. Os militares também orientam moradores da região a andar com o comprovante de residência, já que bloqueios serão realizados em algumas vias e o acesso só será permitido a pessoas cadastradas ou moradores que comprovem sua situação.

O esquema, que vai durar 48 horas, começa na madrugada de domingo (20) e se estende até o final da noite de segunda-feira, envolvendo homens do Exército, da Marinha, da Força Nacional de Segurança, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal e outros agentes públicos.

Serão empregados 1.100 homens, em um perímetro de cerca de 5 quilômetros, englobando região entre as avenidas Lúcio Costa, Érico Veríssimo, Armando Lombardi, Canal de Marapendi e Afonso Arinos de Melo Franco (Alameda das Palmeiras).

De acordo com o Comando Militar do Leste, a participação das Forças Armadas será “em caráter episódico e temporário, em ações de garantia da lei e da ordem, para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio, em estreita coordenação com outros órgãos de segurança pública, atendendo à solicitação do governador do estado”.

Com informações da Agência Brasil

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