Brasil pede que México limite exportação de veículos
Total de US$ 1,4 bilhão para o próximo triênio é um dos itens previstos para renegociação do acordo automotivo
Publicado 09/03/2012 - 15h31
Cidade do México – O governo brasileiro pediu que o México limite o valor das suas exportações de veículos para o Brasil para cerca de US$ 1,4 bilhão nos próximos três anos, como parte de um conjunto de demandas para renegociar o acordo do comércio automotivo entre os dois países.
Segundo o Brasil, a quota representa o valor médio anual das exportações de automóveis do México para o Brasil nos últimos três anos, de acordo com uma carta datada de ontem (8) à chanceler mexicana Patricia Espinosa e ao ministro da Economia, Bruno Ferrari, à qual a Reuters teve acesso.
O documento brasileiro afirma que os dois lados haviam chegado a um entendimento para definir os termos da revisão do acordo. O governo mexicano não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.
Uma fonte em Brasília afirmou que o governo espera uma resposta mexicana aos termos propostos nesta sexta-feira (9) e que as negociações podem continuar na próxima semana.
Em uma carta separada com data do dia anterior, o México disse que estava preparado para considerar limitar suas vendas com base nas exportações do ano passado, “mais um percentual” a ser negociado.
O Brasil também pede que o México aceite que 35% das peças automotivas que usa estejam de acordo com uma fórmula de “índice de conteúdo regional” e que essa proporção deve subir para 45% ao longo dos próximos quatro anos.
Nem a fórmula, nem a “região” foram definidas na carta, mas a exigência pode irritar os Estados Unidos e outros parceiros comerciais que fornecem peças e componentes para o México.
O México disse no início desta semana que ainda estava esperando por uma resposta do Brasil para reiniciar as conversas sobre a questão automotiva, que teve início em meio a um crescimento de excedente do comércio mexicano no setor automotivo com a maior economia da América Latina.
Uma demanda final apresentada por Brasília foi sobre a liberalização do comércio de veículos pesados.