Brasil cria 1,76 milhão de empregos em 2009 e vê mais mulheres no mercado de trabalho

Nordeste teve maior alta de empregos; Ceará é destaque (Foto: Paulo Whitaker/Reuters) São Paulo – O Brasil contabilizou 41,2 milhões de empregos formais em 2009, um aumento de 1,766 milhão […]

Nordeste teve maior alta de empregos; Ceará é destaque (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

São Paulo – O Brasil contabilizou 41,2 milhões de empregos formais em 2009, um aumento de 1,766 milhão em relação ao ano anterior, segundo dados do Registro Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego. O acréscimo de 4,48% em relação ao estoque de empregos de 2008, quando foram registrados 39,4 milhões de postos, foi divulgado nesta quinta-feira (5) pelo ministro Carlos Lupi.

A força de trabalho feminina aumentou seu espaço no mercado. De acordo com dados da Rais, as mulheres tiveram um aumento de 5,34% na participação do mercado de trabalho, em relação ao ano de 2008, enquanto os homens tiveram um aumento de 3,87%. Em 2009, as mulheres ocupavam 17 milhões de postos, enquanto os homens estavam em 24,1 milhões.

Mesmo minoritárias no mercado de trabalho brasileiro, as mulheres ocupam mais postos quando a comparação é feita entre os trabalhadores com ensino superior completo. Elas estão em 3,97 milhões de vagas, ante 2,76 milhões dos homens.

Quando comparados os dados por faixa etária, o destaque em 2009 foi a faixa etária com mais de 65 anos, que teve um aumento de 7,62% na comparação com 2008. Os jovens entre 16 e 24 anos registraram as menores taxas de crescimento de novos empregos. Nessa faixa etária houve um aumento de 1,46% em 2009 na comparação com 2008. Na faixa entre 18 e 24 anos houve um aumento de 2,61%. Esse comportamento, segundo o ministério, sinaliza uma opção dos jovens de permanecer mais tempo na escola antes de ingressar no mercado de trabalho.

Setores

Os setores que mostraram melhor desempenho foram o de serviços, com a criação de 654 mil novos postos de trabalho; a administração pública, com 453,8 mil empregos; o comércio, com 368,8 mil postos e a construção civil, com 217,7 mil novos postos de trabalho.

Os dados mostram ainda que o número de trabalhadores formais, tomando como referência as informações da Rais mais o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) até junho de 2010 (1,437 milhão), chega a 42,680 milhões neste ano.

Estados

O Amazonas foi o único estado brasileiro com saldo negativo de empregos em 2009. Foram contabilizados no estado 509.645 postos e em 2008 foram 510.219, o que representa uma redução de 574 empregos. Segundo dados do ministério, isso se deve ao desempenho negativo da administração pública e da indústria de transformação. Nesses dois setores houve uma redução de cerca de 10 mil vagas.

Apesar do desempenho negativo do Amazonas, a região Norte foi uma das que registrou o maior crescimento no número de emprego: 5,10% na comparação com 2008. Na região, foram registrados 2,7 milhões de empregos em 2009 contra 2,6 milhões em 2008.

O Nordeste teve o melhor desempenho. Foram registrados 6,8 milhões de novos empregos em 2009 contra 6,4 milhões em 2008, um aumento de 7,04%.

Os números mais expressivos foram os do estado do Ceará com um aumento de 9,4% em relação a 2008. No ano passado foram gerados 1,2 milhão de empregos contra 1,1 milhão em 2008. Já o Rio Grande no Norte foi o estado com o menor crescimento da região, 4,57% em relação a 2008. O estado registrou 538.757 novos postos em 2009 e, no ano anterior, 515.227.

A região que teve o menor crescimento do emprego no ano passado foi a Sudeste com um aumento de 3,49% em relação a 2008. Foram gerados na região 21,09 milhões de empregos em 2009, no ano anterior esse número foi de 20,38 milhões.