Para senadora, Plano Nacional de Cultura garante fomento ao setor

Texto aprovado pelo Senado pontua ações que devem ser cumpridas no período de dez anos

Senadora Marisa Serrano acredita que Plano traz novos incentivos à cultura (Foto: Divulgação)

São Paulo – Segundo a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), o Plano Nacional de Cultura (PNC) vai incentivar cada vez mais o fomento à cultura no Brasil. O texto, relatado por ela, foi aprovado por unanimidade pelo Senado na última terça-feira (9). São estabelecidas metas obrigatórias com prazo de dez anos para a área. Depois de sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério da Cultura (MinC) terá um prazo de até 180 dias para iniciar a implementação.

“O Plano é uma carta de intenções e não tem ações próprias (previstas). Ele diz como será fomentada a área cultural”, afirmou em entrevista à Rede Brasil Atual. “O MinC terá o papel de estimular o país qualificando a gestão de funcionários da área, fomentando a colaboração entre diversos órgãos que atuam na cultura do país”, afirmou a senadora. Ela acredita que está assegurado o suporte governamental a diversas entidades da área.

Marisa Serrano vê como um avanço do PNC o fato de ele perpassar questões partidárias. “É um marco para o setor porque a partir de agora, seja qual for o governante, terão de ser seguidos esses princípios pertinentes à cultura nacional”, declarou a senadora. O período de validade das propostas termina em 2020, caso seja sancionado ainda neste ano.

Entre os princípios do plano estão a liberdade de expressão, diversidade cultural e direito de acesso à arte. Para a senadora do PSDB, a aprovação do plano vem para “universalizar o alcance dos brasileiros à arte e à cultura, assim como qualificar ambientes e equipamentos culturais para formação e fruição do público”.

Paulo Brum, assessor parlamentar do Ministério da Cultura, declarou à Agência Senado que a decisão a respeito das ações que integram o projeto contou com a participação de mais de 40 mil pessoas em todo o país. A tramitação do texto no Congresso Nacional foi concluído apenas depois de organizadas audiências públicas pelo próprio Legislativo. “Trata-se de um marco legal da cultura brasileira, que estabelece uma política de Estado para o setor cultural”, comemorou.

Considerado uma espécie de agenda para a atuação do setor público, as propostas estão em construção desde 2003 e foram apresentadas ao senado em maio deste ano. A aprovação na Câmara dos Deputados havia ocorrido em setembro de 2009. A exemplo do que ocorre em planos nacionais de Saúde e de Educação, o PNC tem como objetivo organizar uma lista de ações ligadas ao setor e definidos pela Constituição brasileira.

Princípios do Plano Nacional de Cultura (PNC)

  • Liberdade de expressão, criação e fruição;
  • Diversidade cultural;
  • Respeito aos direitos humanos;
  • Direito de todos à arte e à cultura;
  • Direito à informação, à comunicação e à crítica social;
  • Direito à memória e às tradições;
  • Responsabilidade Socioambiental;
  • Valorização da cultura como vetor do desenvolvimento sustentável;
  • Democratização das instâncias de formulação das políticas culturais;
  • Responsabilidade dos agentes públicos pela implementação das políticas culturais;
  • Colaboração entre agentes públicos e privados para o desenvolvimento da economia da cultura;
  • Participação e controle social na formulação e acompanhamento das políticas culturais.