O Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento inaugura nesta sexta-feira (25) a Biblioteca Celso Furtado. A presidente-cultural do centro, Rosa Freire D`Aguiar Furtado, mulher do economista de 1979 até a morte dele, em 2004, trouxe da casa do casal em Paris quase uma tonelada de livros. Junto com o acervo que já estava no Rio, formou uma das bibliotecas mais importantes do país, com mais de 7.500 títulos adquiridas pelo pensador desde a primeira metade do século passado.

A biblioteca vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h na Avenida Chile, 100, subsolo sala 16 (prédio do BNDES), no Rio de Janeiro.

Celso Furtado foi diretor do banco nos anos JK, quando ainda era o BNDE. No período, idealizou e foi o primeiro a comandar a Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Foi também o primeiro ministro do Planejamento do país, no governo Jango. Durante boa parte do regime militar, que esvaziou a Sudene – como aliás qualquer toda política de desconcentração de renda.

Para Rosa D’Aguiar, a Sudene representava uma luta política, desde a sua criação, em 1958, até o golpe de 1964. Era um meio pelo qual Furtado levava a voz comum do Nordeste ao presidente da República como representante dos nove governantes da região. “Com a ditadura a Sudene passou a ser uma repartição de ministério”, lembra.

Seu acervo conta com muitas preciosidades autografadas por Fidel Castro , Raúl Prebisch, John Kenneth Galbraith e outros grandes nomes da história. Quem não mora no Rio poderá verificar os serviços que serão disponibilizados no site www.bibliotecacelsofurtado.org.br.

Para quem valoriza os estudos da obra de Celso Furtado, que produziu diagnósticos e receitas como poucos sobre o Brasil e o mundo, trata-se de uma oportunidade de beber da mesma fonte de um dos pensadores mais genais do século 20.

Visite também: www.centrocelsofurtado.org.br.