São Paulo – Morreu na madrugada desta quarta-feira (8) o jornalista Sérgio Amaral, depois de uma longa batalha contra um câncer de pulmão. A informação é Correio Braziliense, onde Sérgio Amaral trabalhou de 1996 a 2004. Um dos mais admirados repórteres fotográficos do país, Amaral completou 67 anos em março e deixa mulher e filho, além de uma legião de amigos e admiradores. Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Amaral vivia em Brasília e, nos últimos 45 anos, trabalhou para os principais veículos do país. Colaborou com a Revista do Brasil e a RBA, inclusive cobrindo pela revista uma das últimas entrevistas de Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, em julho de 2016, semanas antes da consolidação do impeachment.

Em sua carreira, iniciada em 1977, o jornalista acumulou prêmios como o Esso de Fotografia de 1992, o grande prêmio do Salão Finep de Fotojornalismo de 1996, a medalha de excelência gráfica da Society for News Design, na categoria Editor de Fotografia, e o prêmio ONU Habitat de 2014.

Recentemente, foi selecionado para expor ensaio sobre os Kalungas do Goiás no festival internacional de fotografia Paraty em Foco. Também foi convidado para colaborar com o projeto Testemunha Ocular, que terá o site lançado ainda este mês.

Sérgio Amaral na Revista do Brasil: Chapada dos Veadeiros, Kalunga, terra livre

Sérgio Amaral descobriu o câncer em outubro do ano passado. Desde dezembro, passou a vender algumas de suas imagens, com objetivo de custear o tratamento. Primeiro ofereceu oito imagens de seu acervo. Dois meses depois, em fevereiro, lançou um site de venda em que oferecia outras 41 imagens históricas de sua trajetória. Ao longo dos últimos meses, realizou o tratamento de sequelas depois de um longo tempo de internação hospitalar, entre elas uma fratura no úmero, e problemas de postura.