São Paulo – O escritor Carlos Fuentes morreu na manhã de hoje (15) em um hospital na Cidade do México. De acordo com o Conselho Nacional para a Cultura e as Artes do México (CNCA), ele morreu por conta de uma hemorragia provocada por uma úlcera. A esposa de Fuentes, a jornalista Silvia Lemus, levou o marido ao hospital, após ele ter apresentado vômitos e desmaiado, de acordo com o gastrólogo Arturo Ballesteros, que prestou atendimento. A morte foi repentina.

Até o final do dia, o corpo de Fuentes será levado à sua casa, para que familiares e amigos se despeçam. O CNCA fará uma homenagem no Palácio de Belas Artes, na capital.

Carlos Fuentes foi um dos grandes escritores latinoamericanos. Ele recebeu o prêmio Cervantes de Literatura, bem como o Príncipe de Asturias e o Rómulo Gallegos. Em 2008, compartilhou o primeiro prêmio Dom Quixote de La Mancha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fuentes foi convidado pelo escritor Octávio Paz para ser membro do Colégio Nacional, a mais alta academia mexicana, composta por escritores, artistas e cientistas.

É o autor de “Aura”, “O Espelho Enterrado”, “Adão no Éden”, “A Vontade e a Fortuna”, “La región más transparente”, “Las buenas conciencias”, “La muerte de Artemio Cruz”, “La silla del águila”, e “La gran novela latinoamericana”, seu mais recente livro de ensaios. Além de novelas e ensaios como esses, Fuentes escreveu contos, peças teatrais e roteiros para cinema. Seu primeiro livro de contos foi “Os dias mascarados”, de 1954.

Fuentes nasceu no Panamá, mas era filho de mexicanos. Começou a viver no México aos 16 anos, após ter passado a infância em diversas capitais, inclusive no Rio de Janeiro, acompanhando seu pai, que era diplomata. Viveu a maior parte da vida no México. Lá, formou-se economista e advogado. Começou sua carreira como jornalista, colaborando para a revista Hoy.

Como diplomata, Fuentes foi embaixador do México na França por três anos e contribuiu para o desenvolvimento do refúgio político para latinoamericanos.

Com informações de La Jornada