Zeta-Jones vive romance com jovem em ‘Novidades no Amor’

(Foto: Divulgação) São Paulo – “Novidades no Amor” parece, à primeira vista, uma comédia romântica. Na verdade, tenta ser um drama romântico mas, no fundo, é só um filme sem […]

(Foto: Divulgação)

São Paulo – “Novidades no Amor” parece, à primeira vista, uma comédia romântica. Na verdade, tenta ser um drama romântico mas, no fundo, é só um filme sem graça, charme ou qualquer qualidade redentora.

Protagonizado por Catherine Zeta-Jones — que depois de seu Oscar de melhor atriz coadjuvante por “Chicago”, em 2003, parece não se importar em construir uma carreira –, o filme desembarca no Brasil antes mesmo da estreia norte-americana. O que não parece bom sinal tendo em vista que, por lá, os distribuidores também lançam filmes apenas para fazer volume nos multiplexes.

Escrito e dirigido por Bart Freundlich (“Totalmente Apaixonados”), “Novidades no Amor” não traz muitas novidades e apenas uma pequena dose de amor. Daquele amor meloso que Hollywood já explorou à exaustão com resultados melhores.

O enredo retrata uma mulher de 40 anos, Sandy (Catherine), que flagra a traição do marido, separa-se dele, muda-se para Nova York com seus dois filhos pequenos e se apaixona por um rapaz de 25 anos, Aram (Justin Bartha, o noivo de “Se Beber, Não Case!”).

A situação toda cria um mal-estar tanto na vida dela, quanto na do rapaz, cuja mãe não aceita o fato de sua nova namorada ser uma mulher mais velha. Curioso como o cinema pode ser irônico. Na vida real, Catherine é casada com Michael Douglas, 25 anos mais velho do que ela, o que não causa nenhum constrangimento ao casal, talvez por serem ricos e famosos. Mas a situação inversa causa celeuma no filme.

Freundlich (marido da atriz Julianne Moore) não se contenta apenas com o tom romântico e quer dar um toque cômico a “Novidades no Amor”. Por comédia, leia-se escatologia, o que tem sido comum em Hollywood.

Um exemplo disso é quando, depois da separação, Sandy começa a sair com outros homens. Numa cena, ela está andando na rua com um deles, um fisioterapeuta, quando o rapaz se depara com um banheiro químico. Ele entra e passa a conversar com a mulher, que o aguarda do lado de fora. De onde saiu essa situação, sem nenhuma graça, é puro mistério.

Já Aram trabalha como balconista em um café, enquanto tenta descobrir o que fará com o diploma de sociólogo que conquistou. Como simpatiza com Sandy, aceita trabalhar como babá das crianças dela alguns dias por semana. Daí nasce o romance entre os dois.

Aram é, para a outra personagem, seu sonho em forma de homem. Inteligente, solteiro, divertido, atraente e que adora seus filhos — e as crianças também o amam. Onde está o problema para eles não ficarem juntos? Mas, em plena Nova York do século 21, o diretor não pensa assim. E Sandy, tal qual uma heroína romântica do século 19, sucumbe a essa absurda pressão.

Fonte: Reuters

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