Legado

Dona Jacira, mãe de Emicida e Fióti, fala sobre a maternidade, infância e seus talentos

Dona Jacira é apontada por seus filhos como uma influência durante a carreira de ambos na música. Agora, ela é personagem do documentário “Dona Jacira – O Legado”

Reprodução/HHDX
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"Na fase das crianças, deu uma melhorada (na vida). Acabou o golpe (ditadura civil-militar entre 1965 e 1984) e as pessoas podiam cantar livremente"

São Paulo – Em entrevista ao jornalista Felipe Mascari, da HipHopDX Brasil, dona Jacira, escritora e mãe dos rappers Emicida e Fióti, falou sobre o documentário Dona Jacira – O Legado (2022), produzido por seu filho Evandro Fióti e dirigido por Gabi Jacob. “Minhas duas gerações foram ecléticas (…) tinham músicas evangélicas muito bonitas e havia um programa de rádio que tocava Luiz Gonzaga, que eu adoro”, disse, fazendo referência a suas influências musicais na juventude.

Dona Jacira é apontada por seus filhos como “decisiva” para a carreira de ambos na música. “Na fase das crianças, deu uma melhorada (na vida). Acabou o golpe (ditadura civil-militar entre 1964 e 1985) e as pessoas podiam cantar livremente”, relata.

Uma de suas influências é a música sertaneja “de raiz”. De acordo com dona Jacira, o estilo musical “está mal colocado”. “Gosto de falar de música caipira, e agora temos esse ‘sertanojo’. Não gosto de tudo. Tem letras muito ruins e acabaram nos confundindo do que realmente é a música sertaneja.”

Além de mãe de dois dos maiores artistas da atualidade brasileira, Dona Jacira é escritora, poeta e artesã. “Tem um currículo maravilhoso”, relata Mascari. Além dos muitos talentos, ela também se orgulha muito de sua maternidade. “Acompanho, gosto muito, me sinto filha deles neste momento. Vou para uma coisa que não sei o que é. Mas vou confiando que estou ali com alguém que conhece e que eu confio. Então está tudo certo”, disse.

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